A Colapsada Tumba da Igreja de Todos os Santos em Martock
Recentemente, uma tumba do século XVIII na Igreja de Todos os Santos, localizada em Martock, Somerset, na Inglaterra, desabou após cerca de 300 anos de chuva e erosão. Inicialmente, os responsáveis pela igreja acreditaram que a tumba havia sido engolida por uma depressão no solo. Contudo, ao examiná-la melhor, perceberam que a tumba estava construída sobre uma cripta oculta, cavada a uma profundidade considerável.
Esse tipo de colapso é raro, de acordo com os oficiais da igreja. Infelizmente, a gravidade do dano torna difícil identificar quem estava enterrado ali, embora exista uma forte suspeita sobre a família responsável pela cripta.
A Tumba Colapsada e a Cripta Escondida
A sepultura que desabou no cemitério da Igreja de Todos os Santos, supostamente datada de 1750, surpreendeu a todos. A princípio, a crença era de que a tumba havia caído em um buraco, mas logo se percebeu que ela na verdade fazia parte de uma cripta subterrânea, e o colapso foi provocada pela queda do monumento acima.
Esse desabamento formou um buraco de aproximadamente 3,5 metros. Não está claro se a queda afetou outras sepulturas ao redor ou se o solo continua instável.
O reverendo Paul Fillery, responsável pela paróquia de Martock, explicou que a cripta era um espaço considerável feito de pedra local, com um piso e um teto robustos. As pessoas da família provavelmente foram colocadas em prateleiras que ladeavam as paredes, sob o monumento que levava seus nomes.
O Impacto da Erosão
A erosão parece ter contribuído para o colapso da tumba, embora o reverendo tenha enfatizado que esse tipo de falha estrutural é incomum. Com a destruição, ficou impossível encontrar os nomes das pessoas que estavam sepultadas ali. Entretanto, existem suposições sobre a família que utilizava esta cripta.
A Família Possivelmente Sepultada na Cripta Recém Descoberta
A cripta aparentemente foi construída para uma família rica e notável que residia na região durante o século XVIII. Embora os nomes estejam ilegíveis, Fillery acredita que pode haver uma maneira de identificar os falecidos.
“Achamos que poderia ser a família Pittard”, comentou Fillery. “Eles tinham um comércio de couro muito próspero na região e, por isso, acumulavam considerável fortuna. Essas tumbas que vemos nos cemitérios são um sinal de que as pessoas sepultadas ali eram importantes.”
Segundo o Conselho Paroquial de Martock, foram programados “trabalhos imediatos e urgentes” para recuperar o monumento que se encontrava dentro da cripta. Por enquanto, o local está isolado para garantir a segurança pública.
História e Significado da Igreja de Todos os Santos
O colapso da tumba acrescenta uma nova e surpreendente página à história da Igreja de Todos os Santos, que foi construída no século XIII e passou por reformas significativas nos séculos XV e XVI. Fillery afirmou que um evento desse tipo é extremamente raro e parece ter ocorrido devido a falhas estruturais simples.
“O telhado, infelizmente, falhou ao longo dos anos,” explicou ele. “É um acontecimento muito, muito raro. O consultor de construção da diocese nunca viu nada parecido, então é algo realmente incomum de acontecer.”
Considerações Finais
O colapso dessa tumba não é apenas um incidente isolado, mas sim um lembrete da fragilidade da história e do que podemos perder com o tempo. Com a erosão e a passagem do tempo, muitos aspectos da nossa história podem desaparecer. No caso da Igreja de Todos os Santos, mais uma parte do passado foi revelada, mas ao mesmo tempo, parte dele se perdeu.
Enquanto o trabalho de recuperação e pesquisa avança, a história continuará a se desenrolar, e a Igreja de Todos os Santos permanecerá um ponto de referência na comunidade, guardando as memórias de quem ali foi sepultado. O que restará da cripta e da família Pittard, se forem confirmados, será um legado não só para o presente, mas também para as futuras gerações que passarão por essas terras.
Assim, a história da Igreja de Todos os Santos e do colapso da tumba não é apenas sobre materiais que caem ao solo, mas sobre as histórias de vida que ficaram enterradas lá embaixo. A busca por reconhecimento e conexão com essas memórias é o que nos mantém intrigados e fascinados pelo passado.
