Na terça-feira, dia 11, várias empresas brasileiras divulgaram seus resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2025. Entre as empresas destacadas estão MBRF (MBRF3), Itaúsa (ITSA4), BTG (BPAC11), São Martinho (SMTO3), Braskem (BRKM5), Sabesp (SBSP3), Azzas (AZZA3), Porto (PSSA3) e Natura (NATU3).
A empresa Oi (OIBR3) anunciou o adiamento da divulgação de seu balanço do terceiro trimestre, que estava marcada para quarta-feira (12), após a decretação de sua falência pela Justiça no dia anterior.
A Itaúsa, holding do Itaú Unibanco, reportou um lucro líquido recorrente de R$ 4,12 bilhões nos três meses encerrados em setembro, representando um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia, que também investe em outras empresas como Motiva, Aegea, Alpargatas e Copa Energia, apresentou um retorno sobre o patrimônio líquido médio de 18,1%, ligeiramente abaixo dos 18,3% alcançados no mesmo intervalo de 2024.
A MBRF, formada pela fusão da Marfrig e da BRF, registrou lucro líquido de R$ 94 milhões, uma queda de 62% em comparação ao ano anterior. Essa redução pode ser atribuída a problemas de desempenho em seus ativos, especialmente na área de processamento de aves e suínos, que foram afetados por restrições de exportação devido a casos de gripe aviária no Brasil. A reabertura das exportações para a China, o maior mercado, só ocorreu em novembro.
O banco BTG Pactual (BPAC11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 4,54 bilhões, superando a expectativa do mercado, que era de R$ 4,02 bilhões. O resultado do ano anterior foi de R$ 3,21 bilhões.
Braskem (BRKM5) apresentou prejuízo de R$ 26 milhões, melhor do que os R$ 592 milhões de prejuízo no ano anterior. O resultado operacional, medido pelo Ebitda, foi de R$ 818 milhões, abaixo dos R$ 2,39 bilhões do terceiro trimestre de 2024.
A São Martinho (SMTO3) teve lucro líquido de R$ 176,41 milhões no segundo trimestre da safra 2025/26, uma queda de 5,9% comparado ao mesmo período da safra anterior, além de uma redução de 11,3% na receita líquida, que ficou em R$ 1,739 bilhão.
A Azzas (AZZA3) apresentou lucro líquido de R$ 201,3 milhões, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Em contraste, a JSL (JSLG3), focada em logística, teve lucro de R$ 35,8 milhões, uma queda de 50,7% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, embora seu Ebitda ajustado tenha subido para R$ 526 milhões.
O Grupo SBF (SBFG3), que opera a rede de lojas Centauro, registrou lucro líquido ajustado de R$ 96,7 milhões, uma queda de 14% sobre o mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado foi de R$ 248 milhões, 8,8% menor do que o reportado anteriormente.
A Natura (NATU3) apresentou prejuízo líquido recorrente de R$ 119 milhões no terceiro trimestre. A companhia apontou que o resultado se deve a pressões na receita e nas despesas financeiras.
Por outro lado, a Sabesp (SBSP3) anunciou lucro líquido ajustado de R$ 1,28 bilhão, 9,5% superior ao do ano passado, mantendo-se em linha com as expectativas do mercado. O Ebitda ajustado foi de R$ 3,2 bilhões, 14,7% acima do mesmo período anterior.
O Banco Pan (BPAN4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 209 milhões, uma leve queda em relação aos R$ 216 milhões do ano passado. O Grupo Porto (PSSA3) apresentou um lucro líquido de R$ 832 milhões, alta de 13% em relação ao terceiro trimestre de 2024, e a receita totalizou R$ 10,5 bilhões, um aumento de 11%.
A Rede D’Or (RDOR3) anunciou um acordo com a Atlântica Hospitais para integrar a Maternidade São Luiz Star, na cidade de São Paulo, em sua rede de hospitais em parceria com o Bradesco Seguros. A operação prevê um pagamento de R$ 223 milhões à vista.
Além disso, a fabricante de tintas Tekno (TKNO3) informou que o controlador solicitou a oferta pública de aquisição (OPA) para retirar a empresa da Bolsa de Valores. Por fim, a Sequoia Logística e Transportes (SEQL3) aprovou a incorporação da Fulcrum Participações, e a Zamp obteve a aprovação para mudar seu registro de companhia aberta na Comissão Brasileira de Valores Mobiliários.
