Emails trocadas entre Jeffrey Epstein e o autor Michael Wolff, divulgadas recentemente por membros do Partido Democrata da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, revelam conversas sobre como lidar com o então candidato à presidência Donald Trump.
Um dos e-mails datado de 15 de dezembro de 2015 discute uma possível pergunta da CNN a Trump sobre sua relação com Epstein. Wolff menciona que a emissora planejava questionar Trump sobre esse assunto durante uma aparição ao vivo ou uma conferência de imprensa. Epstein responde perguntando como poderiam formular uma resposta para Trump. Wolff sugere uma abordagem mais estratégica, dizendo que permitir que Trump “se enforque” com suas próprias palavras poderia ser vantajoso. Ele argumenta que se Trump negar ter tido qualquer relação com Epstein, isso poderia gerar uma boa oportunidade de comunicação para Epstein. Esse intercâmbio ocorre em um momento em que Epstein já havia se declarado culpado de crimes sexuais na Flórida.
Um outro e-mail, datado de 31 de janeiro de 2019, mostra Epstein negando as afirmações de Trump de que teria sido expulso de Mar-a-Lago, o famoso resort da Flórida de Trump. Epstein relata a Wolff que Trump disse que pediu para ele deixar o local, mas que nunca foi um membro formal do clube. Em sua mensagem, Epstein também menciona que Trump tinha conhecimento das atividades de Epstein e fez pedidos a Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, para que ela parasse com certas ações relacionadas a garotas jovens.
Trump havia afirmado que teve um desentendimento com Epstein porque este “roubava” jovens mulheres que trabalhavam no spa de seu resort. Essas informações revelam a complexidade das relações entre essas figuras proeminentes e as implicações que suas interações podem ter na política e na sociedade.
