Faltam 49 dias para o final de 2025, e já é tempo de começar a pensar na Mega-Sena da Virada. Pessoas de diversas partes do país começam a organizar seus bolões, mesmo aqueles que juram que não vão participar novamente. O entusiasmo é grande, embora muitos saibam que as chances de ganhar são pequenas. Uma história que circula é a do copeiro que, após não participar do bolão no trabalho, viu seus colegas ganharem na Quina de São João e ele, por sua vez, teve que abrir seu bar sozinho no dia seguinte.

    A época do ano também traz reflexões sobre como muitas pessoas lidam com as expectativas para o próximo ano. Algumas optam por não se preocupar e deixam tudo nas mãos do destino. Existem aqueles que fazem planos muito detalhados em planilhas, mas sem uma real intenção de cumpri-los. Por outro lado, há quem recorra a simpatias e superstições na esperança de atrair boa sorte.

    Um exemplo é de um amigo que não abria mão de beber uísque. Para ele, brindar apenas com champanhe na virada do ano era uma “besteira”. Ele tinha algumas crenças próprias – acreditava que a bebida do momento poderia influenciar o que viria a seguir. Se estivesse à procura de amor, optava por bebidas doces como um coquetel de frutas. Se quisesse atrair prosperidade, faziam questão de manter o uísque, acreditando que a cor dourada traria sorte financeira.

    Além de suas próprias superstições, ele frequentemente tentava alegrar os outros com crendices improvisadas. Certa vez, durante uma festa, um garçom acabou derrubando uma taça de vinho tinto sobre um vestido branco. Para acalmar a situação, ele disse que isso era um sinal de um ano cheio de emoções e paixões, transformando aquele pequeno acidente em um momento divertido.

    Essas pequenas manias e rituais acompanhavam meu amigo ao longo do ano. Ele tinha a regra de nunca fechar a conta com um número ímpar de doses, acreditando que faria mal. Embora parecesse apenas um truque para atrasar a saída dos amigos do bar, muitos acabaram se divertindo mais por isso. Este tipo de superstição tornou-se uma forma de aproveitar a vida, tornando os momentos simples em celebrações especiais.

    Com o tempo, percebi que adotei meus próprios rituais. Para mim, uma noite ideal começa com um Daiquiri e termina com um Dirty Martini, sempre com três azeitonas. Cada azeitona representa algo: uma para o corpo, uma para a mente e outra para o espírito. O que acontece entre esses momentos é apenas uma parte da história.

    No entanto, as confraternizações de fim de ano também são recheadas de superstições. Há quem acredite que o brinde deve ser feito com a mão direita, que não se deve cruzar o brinde, e que é importante manter o contato visual. E para os mais tradicionais, apenas brindar com copos não é suficiente; é necessário inclinar a garrafa para garantir que a sorte não acabe. Uma superstição que sempre me faz lembrar é de beber sem brindar, que representaria sete anos sem beijar. Por isso, não me importo em seguir esses rituais, pois prefiro não correr o risco de ficar de fora. Saúde!

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