Patricia Gombai Barcellos Caldeira

    Revisado por

    Fisioterapeuta • CREFITO 3/71.855-F

    Dislipidemia: os principais efeitos do colesterol alto na sua saúde

    A dislipidemia é uma condição que se caracteriza por ter gordura em níveis alterados no sangue, especialmente no caso do colesterol e dos triglicerídeos. Esses lipídios são importantes, pois fazem parte das células, ajudam a produzir hormônios e ajudam na digestão.

    De acordo com diretrizes de saúde, o problema aparece quando os níveis de LDL (colesterol ruim) estão altos ou quando o HDL (colesterol bom) está baixo. Isso causa acúmulo de gordura nas artérias.

    A dislipidemia é muitas vezes assintomática, mas possui ligação direta com doenças cardíacas graves, como infarto e AVC (derrames).

    Os efeitos da dislipidemia no coração

    Quando o LDL está elevado, ele se deposita nas paredes das artérias e cria placas de gordura. Isso dificulta a passagem do sangue. Com o tempo, essas placas endurecem as artérias, um processo conhecido como aterosclerose.

    Esse processo reduz o fluxo de oxigênio para o coração e o cérebro, aumentando riscos de:

    • infarto do miocárdio (bloqueio das artérias do coração);
    • acidente vascular cerebral (AVC);
    • insuficiência arterial periférica, que provoca dor nas pernas e dificulta a caminhada.

    No Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morte. A hipertensão e o colesterol alto são estes fatores de risco bem conhecidos.

    Causas e fatores de risco

    A dislipidemia pode ser genética, passando de pais para filhos, ou ser provocada por hábitos de vida. Alguns dos principais fatores de risco incluem:

    • alimentação rica em gorduras saturadas e ultraprocessados;
    • sedentarismo;
    • tabagismo;
    • diabetes, obesidade e hipertensão descontroladas;
    • uso excessivo de álcool.

    Vale ressaltar que mesmo quem está no peso certo pode ter colesterol alto, especialmente se tiver uma tendência genética.

    Diagnóstico e tratamento

    A dislipidemia é diagnosticada por meio de exames de sangue. Esses exames medem o perfil lipídico, mostrando os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Como geralmente não aparecem sintomas, o exame de rotina é a melhor maneira de detectar a doença cedo.

    O tratamento envolve:

    • mudanças no estilo de vida, como ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente;
    • controle de outras doenças associadas, como diabetes e hipertensão;
    • uso de medicamentos, quando indicado por um(a) profissional de saúde.

    Tais medidas visam reduzir o colesterol ruim, aumentar o bom e diminui o risco de complicações cardíacas.

    Em resumo

    A dislipidemia é uma condição comum e silenciosa, mas também é tratável. Com acompanhamento médico, hábitos saudáveis e exames regulares, dá para manter o colesterol em ordem e proteger o coração ao longo da vida.

    O apoio de um profissional é fundamental para esclarecer dúvidas e orientar cada um de forma individualizada. Se tiver dúvidas, não hesite em procurar um especialista para uma avaliação completa e personalizada.

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