Em pacientes em idade reprodutiva que têm câncer, a preservação da fertilidade para futuros filhos deve ser uma prioridade. Um artigo publicado em uma revista médica canadense relata a preservação bem-sucedida de tecido ovariano em uma jovem que precisava passar por quimioterapia urgente. Esse caso apresenta um novo modelo de atendimento no Canadá.
Esse caso destaca os desafios enfrentados por jovens pacientes com câncer que desejam ter filhos biológicos, mas precisam de tratamentos urgentes que podem afetar sua capacidade reprodutiva. A especialista em fertilidade, Dr. Jennia Michaeli, do Hospital Mount Sinai, ressalta a importância desse tema.
Infelizmente, muitos tratamentos que salvam vidas, como cirurgias em órgãos reprodutivos e quimioterapia, aumentam o risco de infertilidade e problemas hormonais. Essa é uma realidade dura para quem é jovem e enfrenta o câncer.
A paciente estava a 380 km de Toronto e optou pela preservação do tecido ovariano após receber orientações sobre as opções de tratamento, riscos da cirurgia e os passos do procedimento. Este tipo de cuidado é muito importante em situações como essa.
A equipe de fertilidade do Mount Sinai coordenou o atendimento remotamente com o oncologista e o ginecologista locais. Esse cuidado integrado foi fundamental para remover o tecido ovariano e transportá-lo adequadamente para um laboratório especializado em embriologia em Toronto.
Apesar de diretrizes no Canadá recomendarem a preservação da fertilidade como padrão de atendimento para pacientes com câncer, existem barreiras significativas. O medo da sobrevivência, a falta de conhecimento dos médicos sobre as opções disponíveis e a capacidade limitada do sistema dificultam a adoção dessas práticas.
O caso dessa paciente mostra que um modelo centralizado, chamado “hub-and-spoke”, poderia facilitar a preservação de tecido ovariano para jovens pacientes com câncer em todo o Canadá. A estrutura desse modelo promete melhorar a assistência desses pacientes.
Os autores do artigo afirmam que conseguiram oferecer serviços de oncofertilidade por meio de caminhos de cuidados coordenados, superando barreiras geográficas. Isso atua como uma prova de conceito para novos modelos de cuidado.
Esse modelo tem como objetivo reduzir a infertilidade e os problemas hormonais, ao mesmo tempo em que minimiza o impacto psicológico da infertilidade. Com isso, a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias pode ser significativamente melhorada.
Além disso, a implementação desse tipo de serviço contribui para um atendimento mais acessível e melhor coordenado, aumentando as chances de sucesso na preservação da fertilidade. No final, tudo isso pode fazer uma grande diferença na vida de quem lida com essa realidade.
A preservação da fertilidade é, portanto, um tema crucial para jovens pacientes em tratamento oncológico. O cuidado contínuo e a coordenação entre diferentes profissionais da saúde podem resultar em melhores resultados e vidas mais saudáveis no futuro.
Atualmente, muitos jovens enfrentam a dura realidade do câncer e, ao mesmo tempo, o desejo de ter filhos no futuro. É essencial que os serviços de saúde se adaptem para atender a essas necessidades, garantindo que as capacidades reprodutivas sejam protegidas sempre que possível.
Essas novas abordagens podem servir de exemplo para outros países e sistemas de saúde. A saúde reprodutiva deve ser uma parte importante do tratamento oncológico, especialmente para pacientes mais jovens que sonham em construir uma família mais tarde.
A colaboração entre diferentes especialidades médicas é fundamental para tratar esses pacientes de forma integral. Isso não só melhora as chances de preservação da fertilidade, mas também proporciona suporte emocional para afrontar a caótica realidade do câncer.
Conforme o modelo de atendimento se consolidar, espera-se que mais pacientes tenham acesso a esses serviços essenciais, sem importar onde estejam. Esse tipo de serviço pode transformar vidas e abrir portas para um futuro que, de outra forma, poderia parecer incerto.
Os médicos devem se manter informados e capacitados sobre as opções de preservação da fertilidade. Isso fará toda a diferença na vida de muitos pacientes, ajudando-os a realizar o sonho de ter filhos, mesmo em meio a desafios severos.
Assim, a preservação da fertilidade se torna uma abordagem não apenas médica, mas também uma questão de vida e esperança para muitos. Afinal, o cuidado com a saúde deve ser um compromisso que vai além do momento presente e se estende para o futuro dos pacientes.
Ao garantir que as causas e cuidados relacionados à fertilidade sejam considerados no tratamento oncológico, cria-se um avanço significativo na medicina e no atendimento humanizado ao paciente.
