O 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão) começou nesta sexta-feira, 28 de novembro, em Brasília e ocorrerá até 3 de dezembro de 2025. O evento está sendo realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) e reúne autoridades, pesquisadores, docentes, estudantes, profissionais de saúde e movimentos sociais para discutir temas como democracia, equidade e justiça climática. A capital federal se consolida, assim, como um importante centro de debates sobre Saúde Coletiva no país.
As atividades do Pré-Congresso aconteceram nos dias 28 e 29 de novembro, enquanto a programação oficial do Congresso se estende de 30 de novembro a 3 de dezembro. Durante esse período, diversas oficinas e mesas redondas estão sendo promovidas para fomentar o diálogo entre os participantes.
Destaque para a Saúde Digital
Na abertura do evento, Débora Dupas, assessora da UNA-SUS e coordenadora da Fiocruz de Mato Grosso do Sul, liderou a oficina intitulada “O ensino em Saúde Digital: da Educação Profissional e Tecnológica à Pós-Graduação”. Ela enfatizou a importância da transformação digital, que demanda novas práticas profissionais e mudanças nas abordagens educacionais. Segundo ela, discutir a formação em saúde digital nos diferentes níveis de ensino é essencial, tanto na graduação quanto na pós-graduação, e no contexto do trabalho em saúde.
A mesa inaugural foi moderada por Francisco Campos, da Fiocruz/UNA-SUS, e contou com a participação de especialistas que apresentaram diferentes aspectos da saúde digital. Marcelo D’Agostino, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), trouxe um vídeo sobre o cenário atual e as perspectivas internacionais para o ensino da saúde digital na Região das Américas. Juliano Gaspar, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), discutiu as competências que os profissionais de saúde devem desenvolver neste contexto. Elisabete Salvador, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), abordou as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e a diversidade dos serviços de saúde.
Os debates ao longo da manhã exploraram as competências digitais que os profissionais de saúde precisam ter, as desigualdades territoriais na formação, as tendências internacionais e as demandas reais dos serviços de saúde em face da transformação digital.
Na parte da tarde, os participantes se dividiram em Grupos de Trabalho para aprofundar a discussão sobre a formação em Saúde Digital nos diversos níveis educacionais. Os grupos discutiram a importância da educação permanente em saúde, incluindo cursos de curta e média duração, formação técnica, graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu. Os debates revelaram desafios, oportunidades e caminhos para aprimorar a formação em saúde digital, sempre alinhados às necessidades do SUS e à diversidade regional.
Informações Adicionais
Organizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em parceria com a Fiocruz Brasília, o 14º Abrascão conta com 10.861 inscritos e 8.398 trabalhos aprovados, tornando esta edição a mais diversa e participativa até o momento. O tema central do Congresso é “Democracia, equidade e justiça climática: a saúde e o enfrentamento dos desafios do século XXI”.
Durante todo o evento, a UNA-SUS está presente com um estande, onde será lançada uma revista comemorativa pelos 15 anos da instituição no dia 30 de novembro, às 15h. Além disso, representantes da Rede UNA-SUS apresentarão seus trabalhos ao longo do Congresso.
