A última “superquarta” de 2025 está gerando grandes expectativas para os mercados financeiros em todo o mundo. Essa data está marcada por decisões importantes que podem influenciar a economia, com a expectativa de um possível corte nas taxas de juros nos Estados Unidos e, possivelmente, também no Brasil.
O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) e o Banco Central do Brasil (BC) se reunirão nesta terça-feira, 9 de dezembro, e anunciarão suas decisões na quarta-feira, 10 de dezembro. Nos Estados Unidos, o comunicado do Fed deve ser divulgado por volta das 15h no horário de Brasília. Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil irá anunciar a nova taxa Selic às 18h30.
No Brasil, as análises de mercado indicam que o BC deve manter a Selic em 15% pela quarta vez consecutiva. A grande expectativa, no entanto, gira em torno das mensagens que o BC poderá enviar em seu comunicado. Especialistas acreditam que o banco poderá dar sinais sobre um possível corte na taxa de juros no primeiro trimestre de 2025. A previsão não é unânime, pois alguns economistas veem essa possibilidade ocorrendo a partir do segundo trimestre.
No início de dezembro, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, comentou sobre os desafios que a economia tem apresentado, citando “sinais mistos” que indicam a necessidade de uma postura cautelosa por parte da instituição.
Em uma pesquisa recente, todos os 41 participantes concordaram que o Copom manterá a Selic em 15%. Entre os 36 que responderam a perguntas adicionais, a maioria (19) previu um corte no mês de março, enquanto 14 apostaram em janeiro e três em abril. Outro aspecto que pode influenciar as decisões do BC é a desaceleração da economia brasileira, especialmente após os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado.
Nos Estados Unidos, os principais índices da bolsa Wall Street registraram alta na sexta-feira, 5 de dezembro, refletindo otimismo em relação à possível decisão do Fed sobre os juros. O mercado agora indica uma chance de 87% de que o Fed anuncie um corte de 25 pontos-base na próxima reunião. Duas semanas atrás, a probabilidade de queda era de menos de 30%, mas declarações recentes de autoridades do Fed aumentaram as expectativas.
Além disso, dados do Departamento de Comércio revelaram que os gastos dos consumidores aumentaram 0,3% em setembro, conforme esperado pelos analistas, após uma revisão para baixo no agosto. Um relatório da Universidade de Michigan indicou que o sentimento do consumidor melhorou, registrando 53,3 em dezembro, superando as estimativas.
Investidores estão atentos às próximas movimentações, com muitos acreditando que o Fed deve seguir essa tendência ao cortar as taxas de juros em breve.
