A Apple está passando por uma grande transformação em sua liderança. Desde a morte de Steve Jobs, em 2011, este é o movimento mais significativo na empresa, que é uma das mais valiosas do mundo. Recentemente, várias figuras importantes da Apple anunciaram suas aposentadorias, provocando mudanças em áreas essenciais como inteligência artificial, design, operações e finanças.
Entre as saídas mais recentes, destaca-se Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente e políticas sociais, que se aposentará em janeiro de 2025. Kate Adams, conselheira-geral da Apple desde 2017, também deixará a empresa no final do ano que vem. A essas saídas se somam as de John Giannandrea, chefe de IA, e Alan Dye, responsável pelo design de interface do usuário, que foram para a Meta.
Outros executivos como Johny Srouji, arquiteto de chips da Apple, inicialmente cogitaram sair, mas ele declarou que está feliz na empresa. Enquanto isso, a Meta se beneficiou bastante com esse êxodo, contratando vários altos executivos da Apple, incluindo Ruoming Pang, que liderava a equipe de IA.
Uma das saídas mais importantes foi a de Jeff Williams, diretor de operações, que se aposentou em julho, após 27 anos na Apple. Williams era visto como um dos principais candidatos ao cargo de CEO, atualmente ocupado por Tim Cook. Recentemente, Luca Maestri, diretor financeiro, também fez mudanças em sua função dentro da empresa.
O momento parece ser estratégico, relacionado ao planejamento de sucessão da Apple. Cook completou 65 anos e há rumores de que poderá se aposentar em 2026. Ele liderou a Apple desde 2011, quando seu valor de mercado saltou de aproximadamente 350 bilhões de dólares para cerca de 4 trilhões.
John Ternus, atual vice-presidente sênior de engenharia de hardware, é um forte candidato para suceder Cook. Ternus trabalha na Apple desde 2001 e teve um papel importante no desenvolvimento do iPad, iPhones e AirPods. Sua eventual escolha indicaria uma mudança de foco para inovação de produtos, em contraste com as habilidades operacionais que dominaram a gestão de Cook.
A Apple também contratou Amar Subramanya, ex-Google e ex-Microsoft, para liderar seus esforços em inteligência artificial. Ele terá a responsabilidade de supervisionar projetos de IA, uma área em que a Apple busca melhorar sua competitividade, especialmente frente a gigantes como Google e OpenAI.
No design, Stephen Lemay foi promovido para substituir Alan Dye. Lemay, que está na Apple desde 1999, é conhecido por sua atenção aos detalhes e pela criação de importantes interfaces. O clima dentro da empresa é positivo em relação a essa mudança, contrastando com as críticas que Dye enfrentou durante seu tempo de liderança.
Sabih Khan assumiu como novo diretor de operações, trazendo 30 anos de experiência para o cargo. Ele também incorporará funções relacionadas a iniciativas ambientais e sociais, que eram de responsabilidade de Lisa Jackson. Essa nomeação reflete uma continuidade nas operações da Apple, especialmente em um momento em que a empresa busca diversificar sua produção fora da China.
Jennifer Newstead, atual diretora jurídica da Meta, será a nova conselheira-geral da Apple a partir de março de 2026. Ela trará experiência em direito internacional e regulação, que será essencial para a Apple em um contexto de crescente escrutínio regulatório.
Por fim, Kevan Parekh substituirá Luca Maestri como diretor financeiro em 2025, mantendo a tradição da Apple de promover talentos internos. Ele já tem um histórico dentro das operações financeiras da empresa.
As mudanças na liderança da Apple estão ligadas a questões de competitividade e inovação, especialmente na área de IA e design. Com a aposentadoria de Tim Cook se aproximando, a empresa enfrenta o desafio de manter sua posição no mercado em um cenário competitivo e regulatório complexo. 2026 poderá ser um ano crucial para a Apple, com novas inovações e desafios pela frente.
