Doze cadeias públicas foram desativadas no interior de Pernambuco devido a condições inadequadas e ao número reduzido de presos. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do estado informou que essa medida visa melhorar as condições dos detentos e reduzir os custos operacionais do sistema prisional.

    Antes das desativações, Pernambuco tinha 41 cadeias públicas. As unidades que foram fechadas estão localizadas nos municípios de Afrânio, Carnaíba, Flores, Glória do Goitá, Ibimirim, Moreilândia, Nazaré da Mata, Parnamirim, Riacho das Almas, Sertânia, Tuparetama e Vicência. Juntas, essas cadeias abrigavam 113 presos.

    De acordo com um levantamento recente do Conselho Nacional de Justiça, as cadeias apresentavam um baixo índice de ocupação. Por exemplo, na unidade de Afrânio, havia apenas cinco detentos para 50 vagas, enquanto em Nazaré da Mata, apenas um preso ocupava 18 vagas.

    Em nota, a Secretaria destacou que a decisão de encerrar as atividades dessas unidades levou em conta a infraestrutura precária e a baixa quantidade de presos, o que resultava em altos custos e baixa eficiência na administração. Com o fechamento, espera-se não apenas diminuir despesas, mas também redirecionar efetivos, aprimorar o monitoramento dos detentos e aumentar o acesso a serviços de educação, trabalho e saúde.

    Os presos que estavam nessas unidades foram transferidos para cinco cadeias em diferentes municípios, que são Salgueiro, Petrolina, Limoeiro, Arcoverde e Pesqueira. Vale lembrar que, em abril deste ano, uma outra penitenciária, a Professor Barreto Campelo, localizada na ilha de Itamaracá, também foi desativada por apresentar estrutura física inadequada. Em maio, foi a vez do Presídio Marcelo Francisco de Araújo, parte do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, ser fechado por razões semelhantes.

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