Na última semana, foi assinado um acordo estratégico entre Brasil e Reino Unido com foco na incorporação de tecnologias em saúde. A assinatura ocorreu em Londres, envolvendo a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e o National Institute for Health and Care Excellence (NICE).

    Esse acordo é considerado um marco significativo para os sistemas de saúde pública dos dois países, que buscam garantir acesso universal e melhorar constantemente a qualidade dos serviços prestados à população. A parceria foca na Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), na negociação de preços e na integração de ferramentas como a Inteligência Artificial. A ideia é enfrentar os desafios de saúde pública de forma sustentável e embasada por evidências.

    Com esse acordo, espera-se um fortalecimento das capacidades técnicas e institucionais de ambos os países. Isso pode resultar em uma melhor tomada de decisão na área da saúde, facilitando a avaliação e a incorporação de novas tecnologias de maneira responsável, o que tende a maximizar os benefícios sociais e econômicos.

    A importância dessa iniciativa se reflete em diversas frentes. A incorporação planejada de tecnologias, abrangendo tanto dispositivos quanto terapias e soluções digitais, pode proporcionar os seguintes benefícios:

    – Reduzir custos na saúde a médio e longo prazo, por meio de negociações mais eficazes e uso inteligente dos recursos;
    – Ampliar o acesso a inovações, alcançando um maior número de pessoas e promovendo a equidade;
    – Fortalecer sistemas de saúde que estejam prontos para enfrentar novas demandas, com segurança e agilidade.

    Essa interação entre os dois países é um incentivo para que o Brasil busque referências e boas práticas internacionais, reconhecendo o valor do aprendizado global no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, é essencial que esse movimento também estimule o debate interno, criando oportunidades para a inovação local. Fortalecer o ecossistema brasileiro de saúde e impulsionar soluções desenvolvidas no país são passos importantes.

    A inovação em saúde não é apenas um produto da cooperação global, mas também da valorização do talento e das capacidades científicas e tecnológicas locais. Com isso, espera-se que os benefícios sejam ampliados e que uma abordagem mais integrada leve a resultados positivos para a saúde no Brasil e no Reino Unido.

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