A Trágica História de Alice Spence: A Mulher do Poço
Recentemente, autoridades canadenses identificaram os restos mortais de uma mulher que foi conhecida como a “Mulher do Poço”. Essa história, que começou há mais de um século, finalmente teve um desfecho. A mulher, chamada Alice Spence, é uma nova esperança para sua família, que agora busca entender o que aconteceu com ela.
Descobrindo os Restos de Alice Spence
A descoberta dos restos de Alice Spence ocorreu em 29 de junho de 2006, em Saskatoon, no Canadá. Trabalhadores que estavam escavando a área de um antigo posto de gasolina encontraram ossos que estavam em um saco de juta dentro de um barril, jogado em um poço. O caso foi considerado um milagre, uma vez que as condições dos restos eram muito boas para a realização de uma autópsia.
O exame revelou que a morte da mulher foi suspeita. Dr. Ernie Walker, professor de antropologia que participou da investigação, acredita que as condições do solo, com uma mistura de água e gasolina, ajudaram na preservação dos restos.
Investigação por Anos
Dr. Walker e sua equipe usaram diversos equipamentos para investigar o local onde os restos foram encontrados. Eles desmontaram o poço pedaço por pedaço, tentando entender como o barril ficou preso e não afundou completamente. Os pesquisadores conseguiram recuperar dois dentes e alguns fios de cabelo, que foram essenciais para o trabalho.
Utilizando DNA e genealogia genética, a equipe conseguiu montar uma árvore genealógica aproximada. Após identificar potenciais parentes, conseguiram finalmente confirmar a identidade de Alice Spence.
As autoridades também afirmaram ter um suspeito na investigação do homicídio, que, supostamente, já estaria morto. Com isso, o caso foi oficialmente considerado encerrado. Os descendentes de Alice foram informados da descoberta e, surpreendentemente, muitos não conheciam o trágico destino dela.
A Família de Alice Encontra Paz
Cindy Camp, bisneta de Alice, ficou chocada ao saber da verdade. Em uma conversa com a polícia de Toronto, ela foi informada que precisariam de uma amostra de DNA. Assim, foi revelado o que havia acontecido com Alice, algo que a família desconhecia.
Alice Burke nasceu em setembro de 1881, em Michigan. Ela se mudou para Minnesota, onde trabalhava como costureira e balconista. Em 1904, Alice casou-se com Charles Irvine Spence, e tiveram sua filha, Idella, no ano seguinte. A família mudou-se para Saskatoon em 1913.
Em 1916, Alice teve um segundo filho que, tragicamente, faleceu no mesmo dia do nascimento. O censo de 1916 mostra que Alice estava viva e morando em Saskatoon. Contudo, dois anos depois, sua casa pegou fogo enquanto a família estava fora.
O que se sabe a seguir é que, em 1921, Charles estava vivendo com Idella e uma governanta. Idella, a avó de Cindy, nunca falou muito sobre sua mãe e ficou órfã aos 17 anos, quando Charles faleceu de um ataque cardíaco em 1923.
O Mistério e o Luto da Família
Os investigadores acreditam que Alice foi assassinada entre 1916 e 1918. Cindy, em seu relato, mencionou a vontade de ter uma conversa com sua avó, para ouvir sua versão da história. O processo de descoberta e identificação de Alice foi muito emocional para a família.
Alice finalmente teve seu descanso em 2009, quando seus restos foram enterrados no Cemitério Woodlawn. Com a nova identificação, a família de Alice planeja colocar uma lápide com seu nome e sua data de nascimento. Cindy expressou a importância de dar um lugar de honra para Alice, pois agora sabem que estão geneticamente conectados a ela.
A Conclusão de uma História
A história de Alice Spence é um lembrete doloroso das tragédias que podem ocorrer, mas também é um testemunho do poder da pesquisa e da determinação de encontrar a verdade. Agora, sua família pode finalmente dar um encerramento a um capítulo doloroso de suas vidas. A identificação dela foi não apenas uma conquista para os investigadores, mas também um passo importante para a família, que pode finalmente honrar o legado de Alice Spence.
Esta história única nos ensina sobre a resiliência da família e a necessidade de lembrar aqueles que foram perdidos de forma tão trágica. É um exemplo de como a ciência moderna pode ajudar a desvendar mistérios que pareciam impossíveis de resolver.