A História das Celebrações de Natal na Casa Branca
Todo mês de dezembro, os dias ficam mais curtos, mais frios e mais escuros. Porém, é também quando começam a aparecer as decorações de Natal por todo o mundo. E a Casa Branca, em especial, se destaca por suas grandiosas decorações natalinas. Mas as comemorações de Natal na Casa Branca nem sempre foram tão magníficas ou públicas.
Natal no Passado
Por muitos anos, os presidentes dos Estados Unidos celebravam o Natal de forma privada, seja na Casa Branca ou em outros locais. Foi apenas no início do século 20 que essas comemorações começaram a ser abertas ao público. Tradicionalmente, muitos costumes que conhecemos hoje, como temas natalinos e as famosas casas de gengibre, começaram a aparecer apenas nas décadas de 1960 e 1970.
As Primeiras Celebrações
As primeiras comemorações na Casa Branca eram simples. John e Abigail Adams, o primeiro casal presidencial, organizaram uma pequena festa em 1800 para entreter a neta Susanna. Em 1835, Andrew Jackson também promoveu uma festa que incluía jogos e brincadeiras para as crianças de sua família.
Conforme a popularidade das árvores de Natal cresceu, a Casa Branca foi incorporando esse elemento às suas comemorações. Acredita-se que Benjamin Harrison, em 1889, foi o primeiro presidente a trazer uma árvore de Natal para a Casa Branca, decorando-a com brinquedos e velas.
No entanto, a árvore de Natal não era uma prática comum nos Estados Unidos na época. Theodore Roosevelt, por exemplo, não celebrava o Natal com uma árvore; foi seu filho Archie que, em 1902, introduziu um pequeno pinheiro de forma secreta.
A Evolução das Celebrações
As celebrações de Natal públicas começaram a se concretizar com a iluminação da Árvore Nacional em 1923, durante a presidência de Calvin Coolidge. Contudo, foi na década de 1950 que Mamie Eisenhower estabeleceu a tradição de ter uma árvore de Natal na Sala Azul da Casa Branca. Desde então, a árvore oficial se tornou um símbolo das festividades.
Mamie não apenas estabeleceu a árvore na Sala Azul, mas também ampliou a decoração da Casa Branca, que passou a contar com várias árvores, orquídeas, guirlandas e muito mais. Em 1957, havia até 16 árvores de Natal na Casa Branca, e esse número aumentou para 26 em 1959.
Temas e Tradições
Jacqueline Kennedy trouxe a ideia de um tema para as celebrações. Em 1961, escolheu “Quebra-Nozes” como tema, e a árvore da Sala Azul foi decorada com itens inspirados no famoso balé. Sua sucessora, Lady Bird Johnson, optou por um tema “Americano Antigo” para suas decorações.
A primeira-dama Pat Nixon, por sua vez, teve um grande impacto nas tradições natalinas modernas. Ela promoveu ampliações significativas na decoração, incluindo guirlandas nas janelas e a introdução de uma casa de gengibre que pesava 18 quilos. Pat também abria a Casa Branca para visitas noturnas durante o Natal, proporcionando a oportunidade de ver a decoração.
Celebrando com Alegria
As tradições de Natal continuaram a evoluir. Durante as décadas de 1970 e 1980, diversas primeiras-damas escolheram temas únicos para as festividades. Betty Ford, em 1975, optou por “Um Natal à Moda Antiga na América”, e Nancy Reagan teve temas como “Mãe Ganso” e “Natal Antigo”, que reintroduziram ornamentos da era Eisenhower.
Nos anos mais recentes, nossas primeiras-damas Diane de Michelle Obama a Melania Trump continuaram a tradição de escolher temas para o Natal. Em 2001, Laura Bush decorou a Casa Branca com 19 árvores, 660 pés de guirlandas e 70 mil luzes, criando temas como “Todos os Seres Grandes e Pequenos” e “Casa para as Festas”.
O Gengibre e Seu Lugar na História
O painel de gengibre se tornou uma tradição na Casa Branca, e a cada ano, as casas de gengibre melhoraram em complexidade, tamanho e detalhes. O chef executivo de confeitaria da Casa Branca, que sucedeu Hans Raffert, fez uma casa de gengibre que se assemelhava à própria Casa Branca em 1993. Essa peça era uma homenagem ao gato dos Clinton, Socks, e incluía 22 esculturas de marzipã dele.
Reflexões
Assim, a tradição de Natal na Casa Branca é rica e diversificada, refletindo a evolução da cultura americana e a influencia dos presidentes e suas famílias ao longo dos anos. Desde as celebrações simples do início até os elaborados temas atuais, cada administração traz novas ideias e toques pessoais a essa festa tão especial.
As celebrações na Casa Branca são uma vitrine de como o Natal pode ser uma mistura de tradições antigas e inovações modernas. Assim, ao olhar para cada um dos Natais da Casa Branca, percebemos que, embora algumas tradições se mantenham, a essência do Natal continua sempre presente.
Em resumo, as festas de Natal na Casa Branca são uma linda tradição que une o passado e o presente, fazendo deste momento uma verdadeira celebração da união e da alegria.
Conclusão
A história das celebrações de Natal na Casa Branca nos mostra como o feriado evoluiu ao longo dos anos. Esses eventos não moldaram apenas a cultura natalina nos Estados Unidos, mas também proporcionaram momentos memoráveis que ficarão para sempre gravados na história. Cada temporada traz oportunidades novas para criar e aprofundar essas tradições tão queridas.
