O Instituto Conecthus tem desenvolvido uma série de projetos que abarcam áreas como bioeconomia, saúde digital, automação industrial e pesquisa aplicada em grafeno. A proposta do instituto é unir tecnologia e insumos da Amazônia para criar soluções inovadoras, que vão desde chocolate vegano até a produção de biodiesel a partir de resíduos de peixe.
Chocolate Vegano e Biodiesel
Um projeto de destaque é o Cacaua, que utiliza a amêndoa do tucumã para produzir chocolate vegano. Este chocolate é feito com outros ingredientes da floresta, como cacau, cupuaçu, cumaru e açúcar de coco, resultando em um produto com 70% de cacau. Frank Choite, que trabalha na área de vendas do Conecthus, destaca que a pesquisa se concentra na utilização de matérias-primas que, geralmente, são descartadas na cadeia produtiva.
Outro projeto interessante está relacionado ao desenvolvimento de biodiesel a partir de resíduos de peixe. O instituto já fez testes com sobras de peixes descartadas em feiras e entrepostos, e os resultados foram satisfatórios em geradores após um processo de filtragem.
Inovação em Automação e Laboratório de Confiabilidade
No campo da tecnologia, o Conecthus investe em automação, robótica e sistemas de hardware e software. A equipe é formada por cerca de 200 profissionais, com mais de 60% dedicados ao desenvolvimento tecnológico. O instituto também possui um laboratório de confiabilidade que valida produtos da indústria no Polo Industrial de Manaus, eliminando a necessidade de testes fora do país.
Saúde Digital nas Comunidades Ribeirinhas
Em termos de saúde, o Conecthus desenvolve o projeto Papi Online, que utiliza microscopia digital para agilizar a análise de exames citopatológicos. O sistema facilita a triagem e a geração de laudos em tempo real, até mesmo por meio de chatbots, tornando o diagnóstico mais acessível para as comunidades ribeirinhas.
Outro aplicativo criado é o Geomama, que serve para monitorar casos suspeitos de câncer de mama. Com o uso de inteligência artificial, a ferramenta compara imagens e apoia os médicos na confirmação de diagnósticos.
Pesquisas com Grafeno
Além disso, o instituto realiza pesquisas sobre grafeno. Frank Choite ressalta que possuem equipamentos para separar grafeno do grafite bruto. Por ser um material de alto desempenho, o grafeno é estudado para aplicação em circuitos eletrônicos, e a equipe está trabalhando na formulação de uma liga que possa permitir a soldagem com grafeno em componentes metálicos.
Essas iniciativas do Instituto Conecthus buscam não apenas promover a inovação tecnológica, mas também desenvolver soluções que utilizem recursos da Amazônia, contribuindo para a sustentabilidade e o fortalecimento das comunidades locais.
