Uma onda de calor atinge diversas regiões do país desde o início da semana, elevando as temperaturas a níveis preocupantes, com registros próximos aos 40ºC. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o alerta para o fenômeno foi elevado de “Perigo” para “Grande Perigo”. Essa condição afeta não apenas o Rio de Janeiro e São Paulo, mas também outros seis estados nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O alerta, que inicialmente deveria expirar, agora foi prorrogado até as 18h do dia 29. O Inmet aponta que as temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média, oferecendo riscos à saúde da população.
Altas temperaturas têm se tornado um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Cientistas alertam que os perigos são reais e que a exposição ao calor pode levar a complicações graves. Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e australianos identificou que as temperaturas elevadas são responsáveis por 7% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS) ligadas a doenças renais.
Um dos problemas mais comuns associados ao calor extremo é a insolação. Essa condição ocorre quando a temperatura do corpo ultrapassa os 40ºC, o que impede o organismo de regular sua temperatura. Os sintomas incluem pele vermelha e quente, dor de cabeça, tontura, náusea, confusão mental e, em casos graves, perda de consciência.
A desidratação também é um risco comum, resultante da perda excessiva de água e eletrólitos devido ao calor e ao suor. A exaustão pelo calor, que apresenta sintomas semelhantes à insolação, é outra consequência grave da exposição às altas temperaturas. Essa condição ocorre quando o corpo perde água e sais minerais em quantidade excessiva, levando a fraqueza, dor de cabeça e tontura.
Além disso, as altas temperaturas podem agravar problemas de saúde existentes, afetando órgãos vitais como cérebro, coração, rins e pulmões. O controle da temperatura corporal ocorre através da dilatação dos vasos sanguíneos e da produção de suor. Quando esses mecanismos falham, o risco de complicações severas aumenta.
Pesquisas também revelam que o calor extremo pode levar a diversos problemas graves, incluindo a isquemia, inflamações e até síndromes que prejudicam a musculatura. Populações vulneráveis, como pessoas obesas, crianças, idosos e aqueles com doenças cardíacas, estão em risco elevado de sofrer os efeitos do calor intenso.
Dado o cenário, é fundamental tomar cuidados para se proteger. O Ministério da Saúde recomenda 22 ações importantes para evitar problemas de saúde relacionados ao calor. Muitas dessas orientações incluem evitar exposição solar entre 10h e 16h, usar protetor solar, chapéus e roupas leves, além de aumentar a ingestão de líquidos, mesmo sem sede.
Outras recomendações são manter lugares frescos e arejados, fazer refeições leves e não deixar crianças ou animais sozinhos em veículos. É essencial observar a saúde de pessoas próximas, especialmente as mais vulneráveis, e buscar ajuda médica em caso de sintomas como tontura, fraqueza ou sede intensa.
Em resumo, o calor extremo é uma realidade preocupante que exige atenção e medidas para proteger a saúde. As orientações devem ser seguidas para evitar as graves consequências que as altas temperaturas podem trazer.
