O mercado de imóveis de alto padrão em Goiânia está em plena expansão, com um aumento significativo na oferta de apartamentos que variam de R$ 3 milhões a mais de R$ 10 milhões. Esses imóveis, que antes eram considerados raridade, agora fazem parte da rotina de lançamentos das principais incorporadoras da cidade.
Essa transformação não se restringe a apenas um bairro. Regiões estratégicas, como Setor Marista, Jardim Goiás, Setor Oeste e Setor Bueno, estão se tornando os novos endereços de luxuosos empreendimentos verticais. Com isso, a paisagem urbana de Goiânia está mudando, refletindo uma nova realidade habitacional que prioriza edifícios altos, plantas amplas e áreas comuns dignas de clubes.
Os apartamentos de luxo hoje não são apenas um lar, mas também um investimento financeiro e um símbolo de status. A localização, a arquitetura diferenciada e o nível de exclusividade são alguns dos critérios que definem esses imóveis, conforme observa Felipe Melazzo, presidente da Ademi-GO. Ele destaca que a escolha do terreno é crucial; terrenos que têm vistas privilegiadas, especialmente em frente a parques ou em áreas limpas, atraem compradores que buscam distinção.
Além da localização, o padrão de construção é outro fator relevante. Os imóveis de alto padrão costumam incorporar acabamentos de qualidade superior e materiais diferenciados, como mármores importados. Para definir o que é “alto padrão”, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece diretrizes que são fundamentais para atender às expectativas dos consumidores.
Um elemento notável do setor é a tendência de prédios com um apartamento por andar, o que se tornou uma realidade em bairros valorizados, como Jardim Goiás e Setor Marista. Melazzo relata um crescimento na construção dessas unidades exclusivas e afirma que esse padrão não é apenas uma modismo, mas um reflexo da demanda por privacidade e exclusividade.
Os preços na área de alto padrão também são elevados, com lançamentos que variam entre R$ 17 mil e R$ 22 mil por metro quadrado. Um apartamento de 500 metros quadrados pode chegar facilmente a R$ 10 milhões. Isso revela que o público-alvo vai além da mera metragem e localização; trata-se de uma vida com mais qualidade e exclusividade.
O perfil do comprador tem mudado, com a cidade atraindo não apenas moradores locais, mas também pessoas de outros estados em busca de qualidade de vida. Melazzo descreve esse público como majoritariamente casado e composto por empresários, profissionais liberais e pessoas com estabilidade financeira. Compradores de locais como Pará, Maranhão e Mato Grosso do Sul vêm a Goiânia em busca de oportunidades e segurança, o que tem ampliado a demanda por residências.
Além disso, Goiânia continua a se desenvolver com um olhar voltado para o futuro, por meio de investimentos em infraestrutura que estimulam o crescimento econômico. Novos polos de saúde e educação estão surgindo e, de acordo com Melazzo, isso impulsiona a necessidade de moradia de alto padrão.
Os imóveis de alto padrão refletem uma mudança nas preferências das pessoas. Muitos optam por viver em regiões que ofereçam comodidades, e a ideia de “cidade dos 15 minutos”, onde tudo que você precisa está ao alcance a pé, tem ganhado força. Essa mudança nas expectativas urbanas deve impulsionar o crescimento de empreendimentos verticais, que continuam a ser a prioridade para muitos.
Quanto ao futuro, o mercado imobiliário em Goiânia segue promissor, sustentado por uma economia robusta, especialmente pelo agronegócio. A expectativa é que a combinação de migração de pessoas, aumento de renda e iniciativas em infraestrutura gere um ciclo de crescimento constante. Novas áreas, especialmente na região norte da capital, começaram a se desenvolver como novas fronteiras imobiliárias, consolidando ainda mais o mercado de alto padrão.
O crescimento do mercado, no entanto, deve ser realizado de forma planejada, respeitando questões ambientais e urbanísticas. Para isso, é essencial que os novos empreendimentos sigam diretrizes que garantam qualidade de vida e desenvolvimento sustentável para a cidade. O foco em projetos inovadores, que priorizem tecnologia e sustentabilidade, já é uma realidade e deve se intensificar nos próximos anos.
