Em um anúncio recente, a Casa Branca revelou que o ex-presidente Donald Trump foi diagnosticado com Insuficiência Venosa Crônica (IVC). Diante disso, a Associação Americana do Coração compartilhou informações importantes sobre essa condição. A IVC está ligada a riscos cardiovasculares e até aumento da mortalidade.
A IVC é uma forma de doença venosa crônica e é bastante comum, especialmente entre os mais velhos. Muitas vezes, a condição não é reconhecida nem tratada adequadamente. A IVC está associada a um aumento no risco de problemas cardíacos, como doenças cardiovasculares, independente da idade, sexo e outros fatores de risco. Essa condição está também relacionada a fatores de risco conhecidamente estabelecidos, como obesidade, tabagismo e sedentarismo.
Para os mais velhos, a idade é um fator de risco significativo. À medida que as pessoas envelhecem, as válvulas nas veias das pernas podem enfraquecer ou se danificar. Isso dificulta o retorno do sangue ao coração, fazendo com que ele se acumule nas pernas e desenvolva a IVC.
O Dr. Joshua A. Beckman, especialista em saúde vascular, destacou que a IVC pode impactar muito a qualidade de vida. Ele ressalta que a detecção e tratamento precoces podem fazer uma grande diferença. Por isso, é importante que as pessoas conheçam os sinais e sintomas da IVC para buscarem ajuda médica a tempo.
Os sintomas mais comuns da doença venosa crônica incluem inchaço (edema), varizes e alterações na pele, como eczema venoso. Isso pode aparecer como manchas vermelhas, coceira ou pele escamosa nas pernas, resultando em dor, coceira ou sangramentos locais. A pessoa pode sentir cãibras, fadiga nas pernas ou até pernas inquietas.
Recentemente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump apresentou leve inchaço na perna. O diagnóstico de IVC foi feito, mas não houve indicação de trombose venosa profunda ou problemas arteriais, com todos os exames do paciente mostrando resultados normais.
A trombose venosa profunda (TVP) e a insuficiência venosa crônica (IVC) são condições que afetam as veias, especialmente nas pernas, mas são diferentes. A TVP é um problema sério, pois ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda. Essa condição pode levar a uma complicação grave chamada embolia pulmonar, onde o coágulo se solta e vai para os pulmões, bloqueando o fluxo sanguíneo.
O tratamento da IVC envolve terapia de compressão, que pode incluir bandagens de múltiplas camadas, roupas elásticas, meias de compressão graduada e bombas pneumáticas. Medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos e diuréticos também podem ser prescritos. Em alguns casos, terapias endovasculares minimamente invasivas, que usam cateteres, podem ajudar a remover obstruções.
O diagnóstico de IVC pode ser feito através de ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia para verificar o fluxo sanguíneo e obstruções nas veias. Essas técnicas ajudam os médicos a determinar a melhor forma de tratar a condição.
Nos Estados Unidos, os dados mais recentes da Associação Americana do Coração revelam várias estatísticas importantes sobre a IVC. Em 2022, a condição foi a principal razão para 5.805 internações hospitalares e apareceu em 234.655 diagnósticos. Também foi citada como a causa de 62 mortes naquele ano e foi mencionada em 977 casos.
A dor é o sintoma mais relatado, atingindo 29% dos pacientes, seguida por inchaço, fadiga e cãibras. As pernas de aranha apareceram em 7% dos casos, varizes e mudanças na pele em 4% cada. Úlceras de estase foram observadas em apenas 1% dos pacientes com IVC.
Portanto, a Insuficiência Venosa Crônica é uma condição que merece atenção. Com um diagnóstico e tratamento precoces, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. É fundamental que todos estejam cientes dos sintomas e busquem ajuda médica quando necessário.
