Descubra as técnicas práticas de som que respondem Como criam trovões falsos em The Revenant? e como você pode reproduzir o efeito.

    Como criam trovões falsos em The Revenant? Essa pergunta aparece para qualquer pessoa curiosa sobre o som por trás de cenas grandiosas. No filme, trovões e explosões sonoras não dependem só da natureza; eles são construídos em estúdio com camadas, gravações práticas e processamento digital.

    Se você trabalha com som, é fã de mixagem ou quer entender melhor a produção cinematográfica, este artigo explica passo a passo as técnicas usadas pelos sound designers. Vou mostrar as fontes sonoras, processos e um guia prático para recriar trovões convincentes, com exemplos reais e dicas que funcionam em home studio.

    Visão geral: o que é um trovão “falso” em cinema

    Um trovão falso é um design sonoro criado ou ampliado artificialmente para servir a imagem. No caso de The Revenant, o objetivo é intensificar a sensação de ambiente e perigo sem necessariamente usar um registro fiel do som natural.

    O processo combina gravação prática, efeitos sintéticos e mixagem. O resultado é um som maior que a vida, mas que casa com a imagem e a narrativa.

    Fontes sonoras usadas para criar trovões

    Gravações práticas (Foley e campo)

    Os técnicos gravam objetos que geram impacto e ressonância. Exemplos: folhas metálicas, portas pesadas batendo, estalos em troncos e pancadas controladas em tambores de grande volume.

    Essas gravações dão textura e caráter. Um golpe em uma folha de metal pode soar como o “estalo” inicial, enquanto um tambor grande entrega o corpo do som.

    Sons sintetizados e subgraves

    Sintetizadores geram subgraves e rumble que dificilmente se captura bem em campo. Sine waves longas, noise processed e pitch-shifted impacts criam a sensação de pressão no peito que associamos a trovões.

    Os sintetizadores também ajudam a ajustar a duração e o envelope do som com precisão.

    Bibliotecas e gravações de locomotivas ou explosões

    Algumas camadas podem vir de bibliotecas comerciais. Esses elementos complementam a gravação prática, preenchendo frequências médias e altas com detalhes que tornam o trovão crível.

    Processamento: como transformam uma gravação em trovão

    O segredo está em empilhar e processar. Aqui estão os principais passos que costumam usar:

    1. Camadas: sobreposição de várias fontes (Foley, sintetizador, biblioteca).
    2. Equalização: modelagem de frequências para separar subgrave, corpo e presença.
    3. Pitch-shifting: abaixar ou subir ligeiramente para dar caráter.
    4. Transient shaping: controlar ataque e sustentação para ajustar como o trovão “bate”.
    5. Convolution reverb: uso de respostas de sala grandes para dar dimensão.
    6. Sidechain e ducking: gerenciar espaço entre diálogos e efeitos.

    Detalhes práticos do processamento

    Comece com uma camada subgrave (sine ou gravação de subkick) e aplique um filtro passa-baixo suave até 120 Hz para manter o peso sem embolar. Em seguida, adicione uma camada média com gravação de tambor ou folha metálica e equalize para 200–800 Hz para dar “corpo”.

    Use pitch-shift descendente com automação curta para criar o efeito de “queda” típico de trovões. Depois, passe um reverb de convolução com uma sala grande e diminua o predelay para encaixar com a imagem.

    Mixagem e espacialização

    No cinema, quando o trovão precisa “virar” sobre a cena, eles automatizam panorâmica e diferenças de sincronização entre canais. Pequenas variações fazem o som percorrer o espaço sem parecer artificial.

    Compressão leve controlando os picos e um limiter no bus final mantêm o som estável sem perder a dinâmica. É importante testar em vários sistemas: fones, monitores e som de sala.

    Passo a passo para recriar trovões em casa

    Aqui vai um guia prático que você pode seguir no seu estúdio para obter um trovão convincente.

    1. Capture ou selecione fontes: grave um tambor grande, bata numa folha de metal e gere um sine subgrave curto.
    2. Organize camadas: coloque o subgrave como base, a gravação do tambor como corpo e a folha para ataque e brilho.
    3. Equalize por função: corte 40 Hz para tirar incertezas, enfatize 60–100 Hz no subgrave e modele 200–800 Hz no corpo.
    4. Aplique pitch e envelope: pitch-shift descendente levemente no corpo; aumente sustain no subgrave com reverb moderado.
    5. Use reverb de convolução: escolha uma IR de espaço grande, reduza o high-end da reverb para não mascarar diálogos.
    6. Finalize com automações: panning sutil e variação de ganho para dar movimento.

    Dicas rápidas que funcionam

    Grave tudo que fizer barulho. Às vezes, um som estranho, como bater em um contêiner ou soprar num tubo longo, fornece a peça que faltava.

    Teste o trovão em diferentes volumes. O que funciona no fone pode ficar fraco em uma caixa de som grande.

    Exemplo real: cadeia de processamento típica

    Uma cadeia simples pode ser: gravação bruta > EQ corretiva > pitch-shifter > transient designer > reverb de convolução > saturador leve > limiter. Ajuste cada etapa ao contexto da cena.

    Se você mistura para TV ou streaming, lembre-se de controlar os níveis baixos para que o subgrave não estoure em sistemas que não reproduzem bem frequências abaixo de 40 Hz.

    Ao estudar como criam trovões falsos em The Revenant?, é útil também observar como o som se integra à edição e à fotografia. O som complementa a imagem; ele não precisa ser realista para ser eficaz.

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    Conclusão

    Criar trovões falsos começa com fontes sólidas, passa por camadas bem pensadas e termina com processamento e automação que respeitam a cena. A mistura de gravação prática, síntese e reverb permite produzir trovões com impacto emocional e físico.

    Agora que você viu como criam trovões falsos em The Revenant?, pegue um gravador, experimente camadas e siga os passos acima para aplicar as técnicas no seu projeto.

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    Formado em Engenharia de Alimentos pela UEFS, Nilson Tales trabalhou durante 25 anos na indústria de alimentos, mais especificamente em laticínios. Depois de 30 anos, decidiu dedicar-se ao seu livro, que está para ser lançado, sobre as Táticas Indústrias de grandes empresas. Encara como hobby a escrita dos artigos no Universo NEO e vê como uma oportunidade de se aproximar da nova geração.