Hospital Universitário de R$ 260 milhões pode transformar a saúde no Oeste de SC
Está em andamento a mobilização para a construção do Hospital Universitário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que será localizado em Chapecó, na região Oeste de Santa Catarina. Essa iniciativa se destaca como uma das principais causas da comunidade local, unindo políticos, empresários, movimentos sociais e a comunidade acadêmica em prol de um objetivo comum: melhorar a saúde na região.
O novo hospital terá como foco o atendimento público de alta complexidade e também atuará no fortalecimento do ensino, pesquisa e extensão em saúde. O projeto arquitetônico está orçado entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, enquanto a obra total é estimada em R$ 260 milhões. A manutenção anual do hospital deverá custar aproximadamente R$ 300 milhões.
A visita prevista do ministro da Saúde ao Oeste catarinense, marcada para o final de outubro ou início de novembro, é considerada um momento crucial para a confirmação do projeto. Essa visita pode trazer anúncios significativos sobre o andamento da construção do hospital.
Prioridade da Região
O deputado federal Pedro Uczai, que coordena o Fórum Parlamentar Catarinense, declarou que a construção do Hospital Universitário foi reconhecida como a prioridade absoluta da macrorregião de Chapecó durante as audiências públicas do Fórum. Ele ressaltou a importância dessa infraestrutura, especialmente para pacientes que atualmente precisam viajar longas distâncias, por vezes ultrapassando 600 quilômetros, até Florianópolis em busca de atendimento especializado.
Até o momento, o movimento já obteve 37 moções de apoio de Câmaras de Vereadores e conta com a participação ativa de diversas entidades da região, além de milhares de assinaturas em um abaixo-assinado.
Apoio da Comunidade e do Setor Produtivo
O Centro Empresarial de Chapecó também se manifestou a favor do projeto. Seu presidente, Carlos Roberto Klaus, destacou a urgência dessa construção para atender a demanda da população. Ele enfatizou que a vinda de um hospital universitário é fundamental, uma vez que a saúde transcende questões partidárias e afeta a vida de todos.
Klaus também mencionou o impacto positivo que o hospital terá na economia local e na qualidade de vida dos cidadãos, afirmando que o novo hospital atenderá pelo SUS e oferecerá consultas e cirurgias de média e alta complexidade.
Mobilização Acadêmica
João Alfredo Braida, reitor da UFFS, afirmou que a mobilização da comunidade é essencial para convencer os Ministérios da Educação e da Saúde sobre a relevância do projeto. Existe um abaixo-assinado em andamento, além do apoio de prefeitos e representantes sociais. O hospital deverá oferecer pelo menos 150 leitos totalmente voltados para o SUS e deverá ampliar os cursos de Medicina e Enfermagem na instituição.
Atualmente, estão sendo analisados três terrenos para a construção, todos localizados nas proximidades do campus da UFFS em Chapecó. A escolha do local final dependerá da aprovação do projeto, que ainda está em andamento.
Estudo de Viabilidade e Apoio Governamental
Nos dias 1º e 2 de julho, técnicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares estiveram na UFFS para avaliar a necessidade de um novo hospital, visando aliviar a demanda no Hospital Regional do Oeste. Uma reunião contou com a presença de mais de 300 representantes locais, que enfatizaram a urgência da construção.
Após a visita, um estudo de viabilidade técnica foi iniciado, uma etapa crítica para prosseguir com o projeto. Durante um encontro em Brasília, um dossiê com informações relevantes foi entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O parlamentar Uczai destacou que o ministro demonstrou interesse e reconheceu a importância do projeto, com a expectativa de que, após a conclusão do estudo de viabilidade, o MEC autorize a elaboração do projeto executivo.
A construção deste hospital representa a união da região em torno de um objetivo comum: garantir um atendimento de saúde de qualidade para a população do Oeste catarinense. Este sonho está sendo construído coletivamente, com a participação ativa de diversas entidades e da sociedade civil.
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