No dia 13 de maio de 1981, um evento histórico e trágico ocorreu na Praça São Pedro, em Roma. O papa São João Paulo II foi baleado durante um ato público em que cumprimentava milhares de fiéis. A tentativa de assassinato deixou a multidão em choque, gerando momentos de pânico, oração e desespero.

    O atentado aconteceu às 17h20, logo após o papa pegar uma menina no colo e entregá-la a seus pais. Nesse momento, dois tiros foram disparados. O papa foi atingido no abdômen, desmaiando quase imediatamente. O caos se instalou na praça, com muitas pessoas chorando e rezando, clamando pela vida do pontífice.

    Quem cometeu o atentado foi Mehmet Ali Agca, um turco nascido em 1958, associado a grupos extremistas conhecidos por ações violentas na Turquia na década de 1970. Depois de ser preso na Itália, Agca ficou encarcerado por 19 anos. Em 2000, ele foi extraditado para a Turquia e libertado em 2010. Recentemente, fez um pedido para comparecer ao velório do papa Francisco, mas sua solicitação foi recusada.

    O atentado, além de impactante, ocorreu numa data muito simbólica: o dia 13 de maio, que marca a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, ocorrida 64 anos antes. Para muitos católicos, a data não foi um mero acaso. São João Paulo II tinha uma forte devoção à Virgem Maria e acreditava que o desvio da bala que o atingiu foi obra da proteção divina.

    Após o atentado e uma longa recuperação, o papa decidiu visitar Agca na prisão. Durante a visita, ele demonstrou um gesto de perdão ao chamá-lo de “o irmão que me atirou”. Esta abordagem exemplificou a mensagem de perdão e amor que ele promovia.

    A bala que atingiu João Paulo II foi posteriormente pedida por ele para ser colocada na coroa da estátua de Nossa Senhora de Fátima, em uma ação que simbolizava sua fé e resistência. Com o atentado, o papa viu sua vida de maneira renovada, intensificando seu compromisso com sua missão pastoral e a mensagem de paz e reconciliação.

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