Sempre sonhei em ter um cavalo. Desde pequena, eu ia para a fazenda. Lembro que pedia ao meu avô para me deixar andar de cavalo. Naquela época, nem sabia exatamente o que era isso.
Quando era bem pequena, eu subia e me sentava em cima de um travesseiro bem largo. Era divertido, mas às vezes me desequilibrava e quase caía. Mesmo assim, eu amava aquilo. Era uma sensação incrível, de liberdade e aventura.
Meu avô, por outro lado, não achava a mesma coisa. Ele sempre tinha ciúmes da minha paixão pelos cavalos e achava que isso era perda de tempo. Um dia, estava brincando com meu irmão mais novo, e tivemos uma surpresa.
Saímos correndo e o cavalo do meu irmão saiu atrás de nós. Ele gritou de medo, mas, no fundo, eu estava feliz, mesmo sabendo que ia levar uma bronca depois. Para mim, era tudo muito novo e emocionante. Eu, sempre criada na cidade, não tinha ideia de como os cavalos se comportavam.
Devem ser coisas de bichos ciumentos, pensei. Hoje de manhã, algo inusitado aconteceu. Acordei e vi um cavalo preso no muro da minha casa. Minha cachorrinha começou a latir desesperadamente. Fiquei intrigada. Outro bicho, será?
Gritei, cheia de esperança, “Ganhei um cavalo?” Resolvi passear com os cães e já imaginava como seria cuidar do animal. Minha cabeça estava repleta de ideias, como dar água para ele e brincar muito juntos.
Mas, quando voltei para casa, percebi que algum apressado já tinha levado o cavalo embora. Fiquei chateada, esperando ansiosamente esse momento. O cheiro do cavalo ficou, e isso me fez lembrar de como eu estava animada.
Pelo menos ele não estragou as plantas do jardim. Não deixou fezes pelo caminho, que no fim das contas, é uma sorte, né? Mas eu não pude deixar de pensar: finalmente, aquele dia parecia perfeito.
Eu realmente pensei que tinha ganhado um cavalo. No fundo, queria ir logo brincar com ele, dar carinho e criar uma conexão especial. A imagem do cavalo sempre esteve presente na minha mente, como um desejo antigo.
Cavalgar sempre foi algo que eu desejei, e esses momentos de infância ficaram gravados na minha memória. Cada visita à fazenda trazia uma nova esperança de que um dia eu teria um cavalo só meu, para cuidar de verdade.
Os olhar dos cavalos, a forma como eles se movimentam, tudo isso me encanta até hoje. Um cavalo é mais que um animal; é um companheiro, um amigo que te acompanha nas aventuras da vida. Queria que todos tivessem a chance de sentir essa alegria.
Ter um cavalo significa responsabilidade, mas também traz uma sensação de liberdade. O cavalo é um símbolo de força e beleza. Nunca esquecerei o dia em que pensei que teria um, mesmo que por pouco tempo.
Na minha imaginação, o cavalo estava lá, pronto para ser meu amigo. Hoje, mesmo não tendo podido ficar com ele, sigo sonhando. A vida na cidade pode ser corrida, mas ondes as lembranças devem ficar guardadas com carinho.
Esse desejo de criança ainda vive dentro de mim, e um dia quem sabe vou realizar esse sonho? Olhando para o céu, sinto que um dia vou cavalgar livre pelo campo. Porque sonho é pra ser vivido, e eu vou atrás dele.
Cavalgar é mais do que uma simples atividade. É um momento de conexão com a natureza e com o próprio eu. Sinto que, mesmo com a correria do dia a dia, essa paixão nunca vai embora.
Ainda tenho esperança de que um dia vou acordar e descobrir que um cavalo está na minha garagem. Essa imaginação me faz sorrir e manter viva a chama do sonho. Afinal, sonhar é essencial na vida de qualquer um.
E mesmo que o cavalo tenha ido, a ideia de ter um só meu está sempre em mente. Espero, com todo meu coração, que esse dia chegue em breve. A alegria de cuidar de um cavalo poderia trazer uma nova luz para o meu cotidiano.
Então, a história do cavalo que vi um dia será sempre um lembrete de que, quem sabe, essa experiência pode se tornar realidade.
