Nas últimas semanas, um termo tem gerado interesse crescente entre os estudantes que se preparam para vestibulares: “idadismo”, que se refere ao preconceito baseado na idade. A atenção a esse tema aumentou após a escolha do assunto “O idadismo como desafio social e educacional no Brasil” como tema de redação da Prova Nacional Docente (PND) de 2025. Com isso, surgiram especulações sobre a possibilidade de o Enem 2025 abordar o mesmo tema.
A analista pedagógica Amanda Rodrigues, da Plataforma Redação Nota 1000, destaca que a escolha de um tema relevante em um exame de grande alcance, como a PND, provoca curiosidade. Ela esclarece que é natural que os estudantes façam essas conexões, especialmente porque tanto a PND quanto o Enem são organizados pela mesma instituição e exigem uma estrutura textual similar. Essa relação pode ter contribuído para a disseminação de boatos sobre a possibilidade de um tema semelhante aparecer no Enem.
Por outro lado, Maysa Barreto, assistente pedagógica da mesma plataforma, ressalta que a organização do Enem, realizada pelo Inep, geralmente não repete temas da seção de redação. Embora o mesmo tópico não deva ser utilizado, é possível que o exame explore questões ligadas ao idadismo, como a exclusão digital dos idosos ou as dificuldades que os jovens enfrentam no mercado de trabalho.
O tema do idadismo se encaixa bem no padrão dos temas escolhidos pelo Enem, que costumam abordar problemas sociais e direitos humanos. Isso é importante, pois a redação do Enem exige do candidato propostas de intervenção e reflexão sobre temas que afetam a cidadania. Amanda afirma que o idadismo representa uma forma de discriminação que fere direitos constitucionais, e isso proporciona múltiplos ângulos de abordagem, como educação, saúde e representatividade na mídia.
Apesar de a PND já ter utilizado esse assunto, Maysa ressalta que isso pode diminuir as chances de reaparecimento. Entretanto, a relevância do tema ainda justifica que os estudantes revisem o idadismo e reflitam sobre formas alternativas de abordá-lo. Três sugestões de temas que podem surgir a partir do idadismo incluem:
1. Desigualdade social: O preconceito baseado na idade atinge tanto os idosos, que muitas vezes são considerados incapazes, quanto os jovens, que têm sua experiência desvalorizada.
2. Educação tradicional: Muitas escolas ainda não abordam o idadismo em suas discussões, focando mais em conteúdos formais do que em questões sociais relevantes.
3. Papel da mídia: A forma como a velhice é retratada na mídia é frequentemente estereotipada, priorizando a juventude e negligenciando representações positivas dos mais velhos.
Portanto, para os estudantes que se preparam para o Enem, é importante acompanhar o debate sobre o idadismo. Mesmo que o tema não apareça na redação, ele oferece importantes lições sobre empatia, respeito e diversidade.
Além disso, o calendário do Enem de 2025 já está definido. As inscrições ocorrerão de 26 de maio a 6 de junho e as provas estão agendadas para os dias 9 e 16 de novembro de 2025, com datas adicionais específicas para algumas cidades. Os resultados, incluindo os de candidatos treineiros, serão divulgados ao longo de 2025, seguindo o padrão estabelecido pelo Inep.
Manter-se informado sobre esses detalhes e temas relevantes pode ser essencial para garantir uma boa preparação para o exame.
