Uma equipe do Departamento de Eletrônica, Informação e Bioengenharia do Politecnico di Milano, liderada pelo Dr. Andrea Moglia, criou a primeira aplicação online que auxilia na escolha do modelo de inteligência artificial mais adequado para gerar imagens 3D de órgãos específicos. Essa ferramenta pode tornar o tratamento dos pacientes mais preciso e confiável.
Esse aplicativo nasceu de um estudo que investigou modelos de IA, tanto os generalistas quanto os específicos. Ele é destinado a profissionais de saúde, técnicos que produzem imagens de órgãos, lesões ou fraturas, e médicos que precisam interpretá-las para realizar cirurgias ou definir tratamentos.
Dr. Moglia comentou que “com essa ferramenta, a seleção de modelos para criar as imagens necessárias ao diagnóstico e ao tratamento fica muito mais eficiente. Os profissionais não precisam tentar várias vezes para conseguir imagens mais nítidas”. Isso é uma grande vantagem, já que economiza tempo e esforço.
Além disso, os hospitais podem planejar, ao longo do tempo, quais modelos de IA devem adotar. Isso se baseia no número de operações anuais realizadas em cada órgão ou área do corpo. Com isso, a gestão dos recursos se torna mais racional e eficaz.
A aplicação é gratuita e pode ser acessada tanto por órgãos individuais, quanto por áreas anatômicas maiores, como tórax, pescoço ou abdômen. Depois de selecionar a parte desejada, a ferramenta mostra todos os modelos de IA disponíveis, que foram testados com conjuntos de dados de imagens. Os modelos podem ser organizados de acordo com a eficácia, do mais para o menos eficiente. O usuário também pode optar por órgãos específicos, como vértebras ou ventrículos cardíacos. Um recurso interessante é a possibilidade de filtrar os modelos pela capacidade de gerar imagens de tumores e lesões, incluindo os que resultam de AVCs e isquemias.
Alguns modelos da ferramenta são generalistas, enquanto outros são destinados a órgãos ou estruturas anatômicas específicas. O Dr. Moglia explica que “os modelos de IA generalistas usados na medicina são treinados com um vasto e variado conjunto de imagens do corpo humano. Recentemente, eles se mostraram tão eficazes quanto os modelos especializados, que são projetados para gerar imagens de órgãos específicos”. Isso representa uma mudança significativa na área da saúde.
Médicos e técnicos já utilizam modelos de IA para obter imagens de órgãos ou lesões. O Dr. Moglia ainda acrescenta que “o termo técnico é segmentação, um processo que permite demarcar uma estrutura em uma imagem 2D, para criar uma reconstrução em 3D”. Na prática médica, isso envolve combinar várias fotos de radiografias ou tomografias, marcando o órgão ou a lesão com uma cor. O uso de modelos de IA acelera esse processo e evita erros humanos ou viés.
Os colaboradores desse trabalho, Pietro Cerveri, Luca Mainardi e Matteo Leccardi, também fazem parte do Departamento de Eletrônica, Informação e Bioengenharia do Politecnico di Milano. Com essa equipe unida, a inovação na área da saúde avança, possibilitando melhor tratamento para os pacientes.
A ferramenta é um passo importante, pois facilita o acesso a informações vitalmente necessárias para profissionais da saúde. Essa precisão no tratamento pode ajudar a salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A tecnologia está se tornando uma aliada poderosa para os médicos, permitindo que eles tomem decisões mais embasadas e fundamentadas.
Um ponto crucial é que, ao aumentar a eficácia na geração de imagens médicas, a aplicação melhora também a comunicação entre os profissionais de saúde. Essa clareza pode levar a diagnósticos mais rápidos e a um atendimento mais eficiente.
Por meio do uso dessa nova ferramenta, o tempo de espera e a ansiedade dos pacientes podem diminuir, já que o processo de diagnóstico se torna mais direto e claro. Profissionais de saúde têm agora uma aliada na luta contra doenças que afetam os órgãos, pois conseguem visualizar melhor as condições dos pacientes.
A implementação dessa aplicação também sugere uma democratização do acesso à tecnologia avançada na medicina. Hospitais de diferentes tamanhos e com orçamentos variados poderão beneficiar-se, adotando os modelos de IA que se adequarem às suas necessidades específicas.
Ao longo do tempo, espera-se que mais desenvolvimentos surjam na área da saúde, facilitando ainda mais a combinação entre tecnologia e cuidados médicos. A aplicação em questão é apenas o começo de uma nova era em que o uso da inteligência artificial se torna uma parte cada vez mais integrada do tratamento médico.
Os avanços que essa tecnologia pode proporcionar são vastos, variando desde a melhoria na precisão das imagens até a possibilidade de implementações mais personalizadas no cuidado dos pacientes. A jornada do conhecimento e da inovação continua, e a cada dia surge algo novo para melhorar o atendimento.
Assim, profissionais da saúde devem estar sempre se atualizando e buscando maneiras de integrar novas tecnologias em suas práticas. A colaboração entre áreas como TI e medicina é fundamental para que essas mudanças se tornem viáveis e efetivas na prática do dia a dia.
Em conclusão, a possibilidade de implementar a inteligência artificial no diagnóstico e tratamento na medicina está se expandindo rapidamente. O novo aplicativo é um exemplo claro de como a tecnologia pode transformar a maneira como os profissionais de saúde trabalham, trazendo benefícios diretos para os pacientes. Tudo isso mostra que estamos avançando em direção a um futuro em que a saúde é cuidada com mais precisão e eficácia.
