O Banco Central está preparando um recurso para apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à participação de um de seus diretores em uma acareação no caso Banco Master. Essa acareação foi solicitada pelo ministro Dias Toffoli.
Nos últimos dias, o magistrado reafirmou a importância da presença de um representante do Banco Central e do diretor Aílton de Aquino, que atua na área de Fiscalização. Embora ambos não sejam considerados investigados no caso, a audiência está marcada para a próxima terça-feira.
O Banco Central havia solicitado esclarecimentos ao ministro, indagando se Aílton de Aquino foi convocado para a audiência como testemunha ou em outra condição. Toffoli afirmou que, dado o foco da investigação na atuação da autoridade reguladora, é crucial que o Banco Central participe dos depoimentos e acareações para esclarecer os fatos.
Embora a posição de Toffoli tenha reafirmado que o Banco Central e Aílton de Aquino não estão sendo investigados, isso também fortaleceu os argumentos contrários à acareação, que é um procedimento utilizado na coleta de provas em processos criminais.
Além da participação de Aquino, o ministro convocou Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), que manifestou interesse em adquirir o banco liquidado em março.
Esse arranjo coloca em confronto Vorcaro e Costa, que são investigados, com Aquino, cuja função no Banco Central envolve a fiscalização da atuação tanto do Banco Master quanto do BRB. A acareação foi determinada pelo ministro sem um pedido prévio dos investigadores.
Toffoli também indicou que deseja esclarecer quando o Banco Central tomou conhecimento das suspeitas sobre as operações do Banco Master, as ações de fiscalização relacionadas ao mercado de títulos bancários e identificar possíveis responsáveis por falhas nesse processo.
