O Bitcoin, a primeira e mais famosa criptomoeda do mundo, possui uma característica singular que a diferencia das moedas tradicionais: sua oferta limitada. Enquanto governos podem emitir moeda fiduciária sem restrições, o Bitcoin foi projetado para ser finito, com um total de 21 milhões de unidades a serem mineradas.

    Essa escassez programada é um dos pilares da valorização do ativo, atraindo investidores que buscam proteção contra a inflação. A escassez do Bitcoin é garantida por seu protocolo, que opera em uma rede descentralizada chamada blockchain. Esse protocolo foi criado por Satoshi Nakamoto, o pseudônimo do inventor do Bitcoin, para assegurar que nunca existiriam mais do que 21 milhões de unidades.

    O processo de criação de novos bitcoins é conhecido como mineração. Nesse sistema, mineradores competem para validar transações e adicioná-las ao blockchain. Como recompensa por seu trabalho, recebem bitcoins recém-criados.

    No entanto, a quantidade de bitcoins gerada como recompensa diminui ao longo do tempo. A cada quatro anos, ocorre o chamado halving, um evento que reduz pela metade a emissão de novos bitcoins. Quando o Bitcoin foi lançado em 2009, a recompensa era de 50 BTC por bloco minerado. Atualmente, está em 6,25 BTC, e continuará diminuindo até que todos os 21 milhões de bitcoins sejam minerados.

    Projeção de mineração: o que esperar?

    De acordo com estimativas baseadas na atual taxa de emissão, o último Bitcoin deverá ser minerado em 2140. Apesar disso, mais de 90% do total já está em circulação, o que significa que a oferta restante será distribuída de forma gradativa ao longo dos próximos anos.

    Essa programação predefinida gera um impacto direto no valor do ativo, criando uma percepção de escassez similar à do ouro. A diferença, porém, é que o Bitcoin possui um limite estritamente matemático, enquanto o ouro depende de fatores geológicos e tecnológicos.

    Por que a escassez programada importa?

    A limitação da oferta do Bitcoin o torna um ativo deflacionário, ou seja, sua escassez aumenta com o tempo, potencializando sua capacidade de preservar valor. Em um cenário de moedas fiduciárias, que podem ser emitidas em grandes volumes, essa característica atrai investidores preocupados com a perda de poder de compra devido à inflação.

    Outro aspecto importante é que a escassez programada incentiva a adoção do Bitcoin como reserva de valor, em vez de moeda para transações diárias. Com menos unidades disponíveis ao longo do tempo, muitos preferem manter seus bitcoins em carteiras, aguardando uma valorização futura, refletindo na própria previsão do Bitcoin.

    Escassez e volatilidade

    Embora a escassez programada seja uma das razões para o interesse no Bitcoin, ela também contribui para sua volatilidade. Com a oferta limitada e uma demanda global em constante evolução, o preço do ativo pode variar significativamente em curtos períodos de tempo.

    Essas oscilações, no entanto, não diminuem o interesse de investidores institucionais e de varejo, que veem no Bitcoin uma oportunidade única no mercado de ativos digitais.

    Um modelo inovador

    A escassez programada do Bitcoin representa uma inovação no universo financeiro, desafiando os modelos tradicionais de emissão monetária. Com uma oferta controlada e transparente, a criptomoeda estabelece um novo paradigma para o armazenamento de valor no mundo digital.

    Enquanto a adoção global do Bitcoin continua a crescer, seu modelo de escassez permanece no centro das discussões, reafirmando sua relevância como uma alternativa viável e inovadora ao sistema financeiro tradicional.

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    Fernanda é versátil e cobre diversos tópicos, como tecnologia, economia, saúde e cultura. Ela se interessa em manter os leitores informados sobre os últimos acontecimentos e as novidades que impactam o dia a dia. Quando não está escrevendo, Fernanda gosta de cozinhar, viajar e assistir filmes.