O Ministério da Saúde confirmou a identificação de quatro casos da gripe K no país, uma variante do vírus influenza A H3N2 que está sendo monitorada pelas autoridades sanitárias. Essa nova subvariante faz parte de um acompanhamento em andamento para entender melhor seu impacto.
De acordo com informações do ministério, um dos casos foi registrado no estado do Pará e está ligado a uma viagem internacional. Os outros três casos foram identificados no Mato Grosso do Sul e ainda estão sendo investigados para determinar a origem da infecção. As análises foram realizadas por laboratórios de referência: a amostra do Pará foi examinada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, após triagem nos laboratórios centrais estaduais.
A gripe K é uma variação conhecida do H3N2, mas não se trata de um novo vírus. Até o momento, não há indícios de que essa variante cause formas mais graves da doença. O que se observa é um aumento na circulação do vírus influenza, que foi antecipada em relação ao que se costuma esperar para esta época do ano no hemisfério Norte. Isso levou a um aumento no número de internações hospitalares.
Os sintomas da gripe K são semelhantes aos da gripe comum, incluindo febre, dor no corpo, tosse e cansaço. O Ministério da Saúde recomenda que, caso haja piora rápida dos sintomas ou sinais de gravidade, como falta de ar, as pessoas busquem atendimento médico imediatamente. Isso é especialmente importante para grupos vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e indivíduos com doenças crônicas.
Para prevenir o contágio, o ministério aconselha o uso de máscaras por pessoas que apresentem sintomas gripais ou que pertençam a grupos de risco. Manter os ambientes bem ventilados, higienizar as mãos com frequência e evitar o contato próximo com outras pessoas também são medidas recomendadas.
As vacinas contra a gripe disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) continuam sendo eficazes na prevenção de formas graves da doença, incluindo aquelas causadas pela subvariante K. Além disso, o ministério alerta sobre os riscos da hesitação vacinal, que pode facilitar a circulação do vírus e aumentar a ocorrência de surtos. O SUS também disponibiliza antivirais para o tratamento da gripe, especialmente para pessoas que pertencem a grupos de risco.
Em 2025, o comportamento do vírus influenza A H3N2 foi atípico, com um aumento nos casos durante o segundo semestre, mesmo antes da identificação da subvariante K. O avanço começou na Região Centro-Oeste e se espalhou por outros estados. Atualmente, embora as regiões Centro-Oeste e Sudeste mostrem uma tendência de queda nos casos graves, as regiões Norte e Nordeste ainda registram um aumento nos episódios da doença.
