Durante a visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, a Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) aproveitou a oportunidade para tornar público um conjunto de demandas importantes. O objetivo é expressar as condições enfrentadas pelos trabalhadores e reforçar a defesa de um Sistema Único de Saúde (SUS) que seja público, estatal, bem financiado e com gestão transparente.
A ASERGHC destaca que o Hospital Nossa Senhora da Conceição é vital para o SUS, não apenas por oferecer serviços de saúde, mas também por ser um centro de ensino e pesquisa. Durante os encontros anteriores, tanto com a ex-ministra Nísia Trindade quanto com Padilha, foram levantadas questões que permanecem sem solução. Esse novo apelo busca promover um diálogo eficaz sobre as dificuldades que os servidores têm enfrentado.
Os trabalhadores do Grupo Hospitalar Conceição demonstram grande dedicação, mesmo diante de desafios como a falta de recursos, o aumento das terceirizações, e a precarização dos vínculos de trabalho. Essas questões têm levado a uma sobrecarga das equipes e impactado a qualidade do atendimento.
Embora a associação reconheça os investimentos feitos pelo governo federal e a expansão dos serviços no GHC, ela observa que esses avanços não são acompanhados pela valorização do trabalhador. Há dificuldades de diálogo e práticas que dificultam a comunicação entre as entidades representativas e a gestão. Além disso, problemas como o assédio no ambiente de trabalho surgem constantemente e precisam ser enfrentados com políticas claras e respeitosas para garantir o bem-estar dos servidores.
O SUS que se busca é um serviço que respeite a Constituição, garantindo acesso universal e equitativo, com gestão transparente e profissional. Para isso, é fundamental abordar alguns pontos críticos, como:
1. Aumento das terceirizações, que fragmentam o cuidado e afetam a continuidade do tratamento.
2. Falta de transparência nas decisões e na gestão dos recursos.
3. Adoecimento e sobrecarga de trabalho entre os servidores.
4. Necessidade de respeito e diálogo efetivo com as entidades representativas dos trabalhadores.
A expectativa é que a presença do ministro possa resultar em medidas concretas para fortalecer o SUS público no GHC, garantindo financiamento adequado, valorização dos trabalhadores e uma gestão mais transparente. A ASERGHC solicita, portanto, uma reunião formal com o Ministério da Saúde para discutir diretamente essas questões e buscar soluções que melhorem as condições de trabalho e a gestão no GHC.
