A Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) levou suas preocupações ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante sua visita ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, no dia 20 de dezembro de 2025. A associação preparou uma carta que expressa a situação atual dos trabalhadores no Grupo Hospitalar Conceição e reafirma a necessidade de um diálogo aberto com o Ministério da Saúde.
Na carta, a ASERGHC destaca a importância do Hospital Nossa Senhora da Conceição, que atua como uma referência no Sistema Único de Saúde (SUS) em assistência, ensino e pesquisa. Os servidores afirmam que, apesar do compromisso diário dos trabalhadores em manter o funcionamento do sistema, há desafios sérios, como o subfinanciamento, as crescentes terceirizações e a precarização das condições de trabalho.
Embora reconheçam os investimentos feitos pelo Governo Federal e a expansão dos serviços, os trabalhadores apontam que esses avanços não têm sido acompanhados pela valorização dos servidores, transparência na gestão e práticas democráticas. A associação critica a falta de diálogo efetivo com entidades representativas, enfrentando dificuldades para negociar e relatar problemas, como assédio no ambiente de trabalho. Essa situação exige um enfrentamento institucional, com políticas claras de acolhimento e responsabilização.
A ASERGHC enfatiza que o modelo de SUS desejado é aquele que respeita os princípios de universalidade, equidade e integralidade, em um sistema público e estatal, comprometido com a transparência e a valorização dos trabalhadores.
Ainda na carta, a associação lista os principais pontos que precisam de atenção:
- Aumento das terceirizações que prejudicam os vínculos de trabalho e a continuidade do cuidado.
- Falta de transparência nas decisões de gestão.
- Sobrecarga que leva ao adoecimento dos trabalhadores.
- Respeito às entidades representativas, com um diálogo contínuo e negociação efetiva.
Para finalizar, a ASERGHC expressa a expectativa de que a visita do ministro possa fortalecer o SUS no Grupo Hospitalar Conceição. Eles solicitam uma agenda formal com o Ministério da Saúde para discutir diretamente as condições de trabalho, a gestão do hospital e o futuro do SUS na instituição.
