Servidores do Hospital Nossa Senhora da Conceição Enviam Carta ao Ministro da Saúde
Durante a visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, trabalhadores organizados na Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) aproveitaram a oportunidade para apresentar uma carta. O documento reflete as atuais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde e reafirma a importância de um sistema público e bem financiado.
Na carta, a ASERGHC enfatiza sua disposição para o diálogo com o Ministério da Saúde e menciona que já havia feito solicitações semelhantes em encontros anteriores. O Grupo Hospitalar Conceição é considerado estratégico para o Sistema Único de Saúde (SUS) por sua atuação em assistência, ensino e pesquisa.
Os servidores destacam que, apesar dos investimentos do Governo Federal e de algumas melhorias nos serviços, os trabalhadores ainda enfrentam desafios, como a falta de valorização, processos de gestão não transparentes e dificuldades de comunicação com as entidades representativas. Além disso, há uma crescente terceirização e precarização das relações de trabalho, o que gera sobrecarga na equipe e fragiliza a assistência prestada.
Outro ponto importante abordado é o assédio no ambiente de trabalho. Esse tema é uma preocupação constante entre os funcionários, que pedem ações claras e democráticas para prevenir e lidar com essas situações, protegendo os direitos dos trabalhadores.
Os servidores também reafirmam a visão de um SUS que respeite os princípios da universalidade, equidade e integralidade, destacando que a qualidade do atendimento depende diretamente da valorização dos trabalhadores e de uma gestão transparente.
Na carta, a ASERGHC lista algumas demandas que precisam ser enfrentadas:
- O aumento da terceirização, que compromete vínculos e a continuidade do cuidado.
- A falta de transparência nas decisões e na gestão.
- A sobrecarga e o adoecimento dos trabalhadores.
- O respeito às entidades representativas, garantindo um diálogo constante e negociações efetivas.
A expectativa é que a visita do Ministro contribua para fortalecer o SUS, com ações concretas que assegurem um adequado financiamento, valorização dos profissionais de saúde e uma gestão transparente.
Por fim, a ASERGHC solicita uma reunião formal com o Ministério da Saúde para discutir diretamente os pontos levantados e buscar soluções para as condições de trabalho e o futuro do SUS na instituição.
