China Defende Venezuela Após Interceptações de Petroleiros pelos EUA

    A China manifestou apoio à Venezuela nesta segunda-feira, após o terceiro navio petroleiro venezuelano ter sido interceptado pelos Estados Unidos no último fim de semana. Essa série de interceptações teve início há duas semanas e tem gerado tensões entre os países.

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, criticou as ações dos EUA, alegando que a apreensão de navios de outras nações “viola gravemente o direito internacional”. Ele ressaltou a posição da China contra sanções consideradas ilegais e unilaterais, sem respaldo nas normas internacionais.

    Interceptações Estadunidenses

    As apreensões começaram no dia 10 de dezembro, quando os EUA capturaram um grande navio petroleiro chamado Skipper. Em seguida, no sábado (20/12), o petroleiro Centuries foi interceptado na costa da Venezuela. No dia seguinte, a situação se agravou com a apreensão de mais uma embarcação, o Bella 1, conforme noticiado por agências internacionais.

    Os Estados Unidos justificam essas ações alegando que o presidente venezuelano Nicolás Maduro é o líder de uma organização criminosa chamada “Cartel de Los Soles” e que a interceptação visa barrar o transporte de “petroleiros sancionados”. Em resposta, o governo venezuelano declarou que os atos estadunidenses são equivalentes a “roubo” e “pirataria internacional”.

    Reação de Maduro

    O presidente Maduro se manifestou no último domingo, afirmando que a Venezuela enfrenta a ação de “corsários que assaltam petroleiros”. Ele destacou que essas interceptações prejudicam o país e violam sua soberania.

    Apoio Contínuo da China

    Desde o mês passado, a China tem se posicionado a favor da Venezuela em meio ao conflito relacionado ao petróleo. No dia 19 de novembro, a China declarou que se opõe à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, independentemente do pretexto utilizado.

    Na quarta-feira (17/12), o governo chinês reiterou essa postura ao afirmar que se opõe a qualquer forma de assédio unilateral e defende o direito dos países de protegerem sua soberania e dignidade nacional. Essa declaração foi feita em uma conversa entre o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e o chanceler venezuelano Yvan Gil.

    A situação continua a ser monitorada por especialistas e pela comunidade internacional, conforme as tensões entre EUA e Venezuela se intensificam.

    Share.