O que é a cirurgia de ureterolitotripsia?

    A ureterolitotripsia é uma cirurgia realizada por médicos urologistas para tratar cálculos que se encontram no ureter ou dentro dos rins. Este procedimento é endoscópico, ou seja, feito por dentro do corpo, sem cortes no abdômen, o que o torna minimamente invasivo.

    Durante a cirurgia, o médico utiliza um instrumento chamado ureteroscópio. Trata-se de um tubo fino que contém uma microcâmera e uma fonte de luz, além de permitir a passagem de soro fisiológico para facilitar a visualização das vias urinárias. As imagens são exibidas em um monitor em tempo real, o que ajuda na execução do procedimento.

    Os cálculos são fragmentados através do uso de energia a laser, e as partes menores são removidas usando ferramentas específicas. Essa técnica contribui para uma recuperação mais rápida e minimiza a dor para o paciente.

    Quais os tipos de ureterolitotripsia?

    Existem dois tipos principais de ureterolitotripsia: a semirrígida e a flexível.

    1. Ureterolitotripsia Semirrígida: É utilizada quando os cálculos estão localizados perto da bexiga. Nesse caso, um ureteroscópio rígido é empregado, que não possui a capacidade de se curvar.

    2. Ureterolitotripsia Flexível: É indicada quando os cálculos estão dentro dos rins ou nas proximidades. O ureteroscópio flexível permite que o médico navegue facilmente, pois consegue se curvar em até 275 graus.

    Quando é indicada a cirurgia de ureterolitotripsia?

    A ureterolitotripsia é recomendada para a maioria dos cálculos que se encontram no ureter ou nos rins. No entanto, não é a melhor opção para cálculos grandes ou em formato coraliforme, pois pode ser necessário mais de um procedimento para eliminá-los completamente.

    Esse tipo de cirurgia não deve ser realizado em situações como:

    • Infecções urinárias ativas;
    • Problemas de coagulação sanguínea;
    • Gravidez;
    • Instabilidade clínica do paciente;
    • Contraindicações em relação à anestesia.

    Como é o preparo antes da cirurgia?

    O paciente deve seguir algumas orientações antes do procedimento:

    1. Jejum de 8 horas: É importante para evitar complicações durante a anestesia.
    2. Exame de urina e urocultura: Para identificar possíveis infecções.
    3. Exames pré-operatórios: Incluindo exames de sangue, eletrocardiograma e radiografia de tórax.
    4. Avaliação anestésica: E, se necessário, avaliação cardiológica também deve ser feita.

    Caso a cirurgia seja emergencial, algumas dessas orientações podem ser ajustadas.

    Qual o tipo de anestesia realizada neste procedimento?

    O tipo de anestesia utilizada varia conforme o procedimento:

    • Para a ureterolitotripsia semirrígida, pode ser aplicada sedação, raquianestesia ou anestesia geral.
    • Para a ureterolitotripsia flexível, a anestesia geral é a mais comum.

    Como é feita a ureterolitotripsia?

    A cirurgia é realizada em um centro cirúrgico, com o paciente na posição de litotomia, ou seja, deitado com as pernas elevadas. O ureteroscópio é inserido pela uretra, e o soro fisiológico é introduzido para ampliar as vias urinárias.

    Em seguida, um fio guia é posicionado desde a bexiga até os rins, permitindo que o médico localize os cálculos. Se houver um cálculo no ureter, ele será fragmentado a laser e as partes menores serão removidas. Se o cálculo estiver dentro do rim, um ureteroscópio flexível será usado para navegar no órgão e realizar a fragmentação.

    Ao final do procedimento, um cateter duplo J pode ser inserido para garantir o fluxo urinário e a recuperação adequada. O paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte.

    Quais os riscos e complicações desta cirurgia?

    Embora a ureterolitotripsia seja um procedimento comumente realizado e de baixa complexidade, existem alguns riscos e complicações possíveis, como:

    • Sangramento;
    • Perfuração do ureter;
    • Infecções urinárias;
    • Lesões traumáticas nas vias urinárias;
    • Estenose do ureter (estreitamento).

    Essas complicações são raras, mas é essencial que o paciente esteja ciente delas.

    Como é a recuperação após a ureterolitotripsia?

    A recuperação após a cirurgia normalmente leva de 7 a 14 dias. Durante esse período, o paciente pode sentir desconforto na região lombar, que pode irradiar para o abdômen. Esse desconforto costuma ser gerenciado com analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos antiespasmódicos.

    Caso o paciente tenha um cateter duplo J, é comum relatar maior frequência urinária e desconforto ao urinar devido ao contato do cateter com a bexiga. Sangramentos na urina ou coloração acastanhada podem ocorrer, porém essas são reações normais do organismo após a operação.

    Cuidados no pós-operatório

    Após a cirurgia, diversos cuidados são fundamentais para uma boa recuperação:

    1. Hidratação: Ingerir de 2 a 3 litros de água durante o dia é essencial.
    2. Uso de roupas leves: Especialmente se estiver com o cateter duplo J.
    3. Não tracionar o fio do cateter: Isso é importante para evitar complicações.
    4. Observação de sintomas: Caso o paciente apresente febre, calafrios ou dor intensa que não responde aos medicamentos, deve retornar ao pronto-socorro.

    Conclusão

    Neste artigo, explicamos os detalhes sobre a ureterolitotripsia, desde sua definição e indicações até o processo de recuperação e cuidados necessários no pós-operatório. É importante que o procedimento seja realizado por médicos especializados, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento.

    Caso tenha mais dúvidas ou preocupações, consulte um profissional da saúde para orientações personalizadas.

    Perguntas Frequentes

    Qual a diferença entre nefrolitotripsia e ureterolitotripsia?

    A principais diferença entre os dois procedimentos está na localização dos cálculos. Na nefrolitotripsia, os cálculos são retirados dos rins, enquanto na ureterolitotripsia, eles são removidos do ureter.

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