O Rio Grande do Sul será o principal beneficiado por uma nova iniciativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a compra de leite em pó. O estado receberá 50% dos recursos, totalizando R$ 53 milhões, que serão direcionados a 22 organizações de produtores locais. Essa ação visa estabilizar o setor, que recentemente enfrentou grandes desafios devido a eventos climáticos adversos.
Para os pequenos produtores, essa garantia de compra a um preço justo, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), é crucial. Essa medida pode ser a diferença entre a solução de dívidas e a continuidade de suas atividades agrícolas.
A operação totaliza R$ 106 milhões em todo o país, sendo que as regiões Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) representam 72% desse valor. A Conab destina esses recursos para transformar o leite das cooperativas em alimentos para aqueles que enfrentam problemas como a fome ou as consequências de desastres naturais. Esse ciclo beneficia tanto os produtores — que recebem uma remuneração justa — quanto as comunidades carentes que precisam de alimentos de qualidade.
Um dos destaques dessa iniciativa é o trabalho de Edegar Pretto, presidente da Conab. Ele, que é gaúcho e tem raízes na agricultura familiar, tem sido uma voz ativa em Brasília, buscando atender às necessidades dos agricultores. Sob sua gestão, a Conab recuperou sua função social, e ele defende que fortalecer os produtores de leite e suas cooperativas no estado é vital para a soberania alimentar de todo o país.
Pretto afirma que, com a aquisição de mais de 20 milhões de litros de leite integral, a medida não apenas protege a produção local, mas também resgata a dignidade do trabalho rural. O fim do ano se aproxima com uma perspectiva esperançosa, já que o leite gaúcho, conhecido pela sua qualidade, se torna um símbolo de solidariedade e recomeço.
A expectativa é de que em 2026 essa colaboração entre os agricultores e a Conab continue a colocar o Rio Grande do Sul em destaque na alimentação do povo brasileiro. Essa iniciativa demonstra que políticas públicas eficientes podem fazer a diferença na vida das comunidades rurais.
