O Instituto Conecthus está desenvolvendo uma variedade de projetos nas áreas de bioeconomia, saúde digital, automação industrial e pesquisa em grafeno, utilizando tecnologia e insumos da Amazônia. As iniciativas vão desde a produção de chocolate vegano até a fabricação de biodiesel a partir de resíduos de peixe, além de oferecer soluções de diagnóstico remoto para populações ribeirinhas e realizar testes de confiabilidade para a indústria do Polo Industrial de Manaus.
O executivo de vendas Frank Choite destaca que o Conecthus tem um foco especial em bioinsumos, buscando aproveitar matérias-primas que são normalmente descartadas no processo produtivo. Um exemplo interessante desse trabalho é o projeto chamado Cacaua, que transforma a amêndoa do tucumã em chocolate vegano. Essa produção utiliza uma mistura de cacau, cupuaçu, cumaru e açúcar de coco, resulting in um chocolate com 70% de teor de cacau, totalmente feito a partir de ingredientes da floresta.
Outra importante iniciativa é a produção de biodiesel a partir de resíduos de peixe. O instituto coleta sobras que são geradas em feiras e entrepostos, já realizando testes em geradores com um bom desempenho após a filtragem do material.
No campo da tecnologia industrial, o Conecthus é ativo no desenvolvimento de hardware, software, automação e robótica. Mais da metade de sua equipe, que conta com cerca de 200 funcionários, é composta por desenvolvedores. Além disso, o instituto opera um laboratório de confiabilidade, o que permite validar produtos para a indústria local, evitando a necessidade de enviar equipamentos para testes em outros países.
Na área da saúde, destacam-se projetos como o Papi Online, que acelera a análise de exames citopatológicos através de microscopia digital. Este sistema possibilita a triagem e a geração de laudos de forma rápida, até mesmo via chatbot, tornando mais acessível o diagnóstico inicial para as comunidades ribeirinhas.
Outra solução é o Geomama, um aplicativo que ajuda no monitoramento de casos suspeitos de câncer de mama. A ferramenta utiliza inteligência artificial para comparar imagens e auxiliar médicos na confirmação de diagnósticos.
Quanto à pesquisa em grafeno, o Conecthus investe no desenvolvimento desse material, conhecido por suas propriedades de alto desempenho. O laboratório possui equipamentos que permitem a separação do grafeno do grafite bruto, e os pesquisadores estão explorando a criação de uma liga que permita a soldagem com grafeno em componentes metálicos, o que pode ter aplicações significativas em circuitos eletrônicos.
Essas iniciativas do Instituto Conecthus exemplificam como a tecnologia pode se integrar à riqueza natural da Amazônia, criando soluções inovadoras em diversas áreas.
