Confiança do Consumidor em Belo Horizonte Aumenta em Dezembro

    O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte registrou um aumento de 5,90% em dezembro de 2025, chegando a 41,34 pontos. Esta informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).

    Entre os fatores que contribuíram para essa alta estão o pagamento do 13º salário e uma inflação mais baixa em comparação ao ano anterior. Segundo Eduardo Antunes, gerente de pesquisas do Ipead, essas condições proporcionam uma sensação de maior liberdade financeira para as famílias, possibilitando um incremento no consumo durante o mês.

    Contudo, nem todos os indicadores mostraram resultados positivos. O único item que apresentou queda foi o de Situação Econômica do País, com um recuo de 4,38%. Antunes comenta que essa desaceleração está mais ligada ao ambiente político atual do que a dados econômicos concretos, tornando esse indicador bastante volátil.

    No final do ano, a intenção de compras tradicionalmente cresce, e a redução da inflação é um fator que também favorece esse aumento de confiança. “Dezembro é um mês que costuma mostrar melhora na percepção dos consumidores. A injeção do 13º salário ajuda, assim como a inflação mais amena.”, disse Antunes.

    Apesar do aumento, o índice de 41,34 pontos ainda é inferior ao registrado em 2024, que foi de 43,61 pontos. Um índice acima de 50 pontos indica otimismo, enquanto índices abaixo deste número refletem pessimismo. Desde 2013, o ICC-BH não ultrapassa essa barreira, o que indica um cenário de incerteza entre os consumidores.

    Antunes ressalta que mesmo com a melhora em dezembro, a confiança dos consumidores ainda está em um patamar “cambaleante”, o que demonstra a fragilidade das certezas em relação às compras e consumo. O momento atual apresenta um desafio, pois o último sinal de otimismo entre os belo-horizontinos ocorreu em janeiro de 2013, quase 13 anos atrás. O ICC-BH é uma importante ferramenta que reúne as percepções dos consumidores sobre a economia, influenciando suas decisões de compra a curto, médio e longo prazo.

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