A “Decisão Mutirão” da COP30, que ocorreu recentemente, não trouxe diretrizes claras para a transição do uso de combustíveis fósseis, mesmo após o apelo de mais de 80 países. Essa situação gerou frustração entre ambientalistas, que esperavam um avanço significativo nas políticas de energia.
Diversas organizações apontam que países do Oriente Médio, liderados pela Arábia Saudita, junto com a Rússia, foram responsáveis por bloquear a inclusão de um plano mais ambicioso. Essa postura aconteceu mesmo depois do apoio de líderes como Luiz Inácio Lula da Silva e do Secretário-Geral da ONU, António Guterres. O Greenpeace criticou severamente o resultado, afirmando que o documento não aborda adequadamente a crise climática atual e não garante os recursos necessários para adaptações em face das mudanças climáticas.
Embora o texto mencione o combate ao desmatamento, ele não apresenta um plano detalhado para reduzir essa prática até 2030. A expectativa era alta para que a cúpula, realizada na Amazônia, resultasse em decisões mais firmes e efetivas em relação à proteção ambiental, mas, ao fim, o que foi apresentado não atendeu a essas expectativas.
A falta de um roteiro claro para livrar o mundo da dependência dos combustíveis fósseis e a ausência de metas concretas para mitigar o desmatamento revelam os desafios que ainda existem nas negociações internacionais sobre o clima.
