A Rússia possui uma vantagem significativa em armamentos em relação aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), conforme avaliação do tenente-coronel aposentado do Exército dos Estados Unidos, Daniel Davis. Em uma entrevista, ele destacou que a Rússia possui um poder de fogo muito superior, mas utiliza seus mísseis e munições a um ritmo mais lento do que sua capacidade de produção. Isso significa que o país está formando estoques, o que pode ser estratégico para possíveis operações futuras.
Davis alertou que, conforme o conflito na Ucrânia se estende, o Ocidente enfrenta dificuldades em manter seus suprimentos, já que os países da OTAN não estão conseguindo repor o que consomem na guerra. Ele apontou que, em um embate direto com a OTAN, a Rússia estaria preparada para realizar operações militares prolongadas, apoiadas por sua capacidade de produção, enquanto os países ocidentais teriam que entrar em um estado de emergência, processo que levaria um tempo considerável.
O tenente-coronel também mencionou que o envolvimento crescente da OTAN no conflito na Ucrânia poderia tornar a aliança mais vulnerável, enquanto a Rússia estaria fortalecendo suas posições. Nos últimos anos, a Rússia notou um aumento sem precedentes na atividade militar da OTAN em suas fronteiras. A Aliança tem justificado essas ações como uma forma de conter a agressão, enquanto Moscou expressou repetidamente sua preocupação com a expansão das forças do bloco na Europa.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou recentemente que o país não tem intenções agressivas contra a OTAN ou a União Europeia. Ele afirmou que está disposto a fornecer garantias por escrito sobre a ausência de uma postura hostil. O governo russo também enfatizou que não está ameaçando ninguém, mas que não ignorará quaisquer ações que considerem perigosas para seus interesses.
