No último sábado, dia 20, o programa Fala Passo Fundo recebeu importantes autoridades da saúde municipal. O secretário de Saúde, Diego Farias, e a secretária adjunta, Caroline Gosch, participaram da conversa, que abordou temas relevantes relacionados aos serviços de saúde na cidade e os desafios enfrentados.
Um dos principais tópicos discutidos foi a necessidade de encaminhar pacientes de Passo Fundo para outras cidades em busca de atendimentos de média e alta complexidade. Vários ouvintes levantaram questões sobre por que esses procedimentos não são realizados no próprio município, uma vez que Passo Fundo é considerado uma referência em saúde na região. Farias explicou que a gestão da atenção básica é responsabilidade do município, enquanto os atendimentos especializados e de alta complexidade são gerenciados pelo Estado.
Atualmente, Passo Fundo atende mais de 100 municípios da região, o que resulta em uma demanda elevada por serviços de saúde especializados. Estima-se que cerca de 1.200 pacientes por mês são deslocados para outras cidades para realizar exames e procedimentos. Somente em 2025, aproximadamente 17 mil pacientes de Passo Fundo precisarão se deslocar para atendimentos fora do município.
O secretário também comentou que, apesar das dificuldades enfrentadas pelos pacientes, essa modalidade de atendimento pode, na verdade, acelerar o acesso aos serviços, diminuindo o tempo de espera. Desde 2020, foi implementado um sistema de regulação que permite que os pacientes sejam incluídos em uma fila única no Estado. O território é dividido em macroregiões, possibilitando que os encaminhamentos sejam direcionados a diferentes cidades quando necessário. Nesse contexto, a responsabilidade do município se limita ao transporte e acompanhamento dos pacientes.
Outro assunto importante abordado durante o programa foi o combate à dengue, que apresentou resultados significativos. Os casos da doença em Passo Fundo caíram 92% em comparação a anos anteriores, quando a cidade registrou quase 2 mil casos. Farias atribuiu esse sucesso a uma força-tarefa que contou com o esforço de várias equipes, treinamentos de agentes de saúde e, principalmente, à participação da comunidade na limpeza de pátios e no descarte adequado de lixo. O combate ao mosquito da dengue é uma atividade contínua, realizada ao longo do ano.
O secretário também anunciou, para 2025, um pacote de obras voltadas para a saúde, que incluirá melhorias nas unidades de saúde existentes e a construção de duas novas unidades nos bairros Nossa Senhora Aparecida e Maggi.
A secretária adjunta, Caroline Gosch, fez questão de ressaltar a relevância da colaboração da população no combate à dengue. Ela pediu que as pessoas evitem acumular pequenos depósitos de água, como tampas e potes, que possam servir como criadouros para o mosquito. Caroline mencionou ainda um projeto de remapeamento da saúde no bairro Záchia, que envolve visitas domiciliares para entender melhor o perfil de saúde da comunidade. Essa iniciativa irá auxiliar no planejamento de ações básicas, identificando doenças mais comuns e possíveis complicações.
O trabalho iniciado no Záchia será expandido para outros bairros em resposta ao crescimento da cidade e ao aumento das demandas. A secretária sublinhou que cada unidade de saúde é responsável por um território específico, com ruas e regiões determinadas, o que ajuda na organização e na qualidade do atendimento prestado à população.
