Descoberta de um Broche Romano de 2.000 Anos

    Em uma rotina como metal detectorista, Martin Turner, que vive em Dorchester, Dorset, Inglaterra, fez uma descoberta incrível em junho de 2025. Enquanto explorava um campo recentemente arado perto de sua casa, ele topou com um pequeno objeto metálico e achou que era um brinquedo de criança. Após um olhar mais atento, descobriu que se tratava de um broche romano com aproximadamente 2.000 anos de idade.

    Turner, inicialmente, não deu muita importância ao item e o colocou em uma bolsa de sucata. Contudo, após chegar em casa e limpar a peça, percebeu que era feita de bronze. Surpreso com sua descoberta, ele decidiu avisar um oficial de achados locais, que destacou a raridade do objeto para a região.

    A Busca que Resultou em Uma Descoberta Inesperada

    A história começou quando Turner decidiu usar seu detector de metais em um campo que havia sido arado. Depois de uns 15 minutos de buscas, ele encontrou o que acreditava ser um “brinquedo de criança”. O objeto tinha uma pequena trava na parte de trás, o que o levou a pensar que era uma espécie de distintivo de fantasia.

    Sem pensar duas vezes, ele jogou o item em sua bolsa e continuou a caça. Só depois, ao limpar o objeto em casa, percebeu que não se tratava de um simples brinquedo. Ele se deu conta de que a peça tinha um valor histórico real, o que o motivou a entrar em contato com as autoridades competentes.

    A Importância do Broche

    O broche, uma relíquia da época romana, é estimado entre 1.800 e 2.000 anos. Não era um modelo comum na época da ocupação romana na Grã-Bretanha, que durou de 43 a 410 d.C. Durante esse período, os romanos se retiraram de várias regiões para se proteger de invasões. A descoberta se torna ainda mais interessante por conta da história da área. Perto do local de encontro do broche, existia uma igreja medieval, embora não haja estradas romanas conhecidas nas proximidades.

    Turner mencionou que não havia nenhum caminho romano perto do campo onde encontrou o broche. “Acredito que havia uma igreja abandonada próxima, o que pode significar que o broche pertencia a alguém que ia ou voltava de lá.” Isso conecta a descoberta a um contexto histórico mais rico e fascinante.

    A Trajetória de Martin Turner como Detectorista

    Essa não foi a primeira vez que Martin Turner fez uma descoberta significativa. Com quatro anos de experiência como detectorista, ele acumulou uma quantidade considerável de artefatos, suficiente para preencher trinta baús. Ele utiliza um detector de metais que comprou de segunda mão por cerca de R$ 4.000.

    Entre suas descobertas mais notáveis, em 2023, ele e seu filho encontraram 14 cabeças de machado da Idade do Bronze, que foram enviadas ao Museu Britânico. A emoção de encontrar objetos que permaneceram enterrados por centenas ou até milhares de anos é algo que ele valoriza muito. “É empolgante fazer a conexão com a história”, disse Turner.

    Tesouros Antigos Encontrados em Toda a Grã-Bretanha

    O caso de Turner não é isolado. Outros detectoristas na Grã-Bretanha também têm encontrado tesouros antigos nos últimos anos. Por exemplo, neste mesmo ano, um tesouro de moedas romanas foi descoberto sob um campo em Leicestershire. Em 2023, outro detectorista revelou duas espadas romanas ainda em suas bainhas.

    Em 2019, um grupo de detectoristas amadores na Chew Valley encontrou 2.589 moedas de prata que datam da Conquista Normanda. Essa coleção se tornou a mais valiosa já encontrada na Grã-Bretanha, avaliada em R$ 30 milhões.

    O Futuro do Broche

    Atualmente, o broche está sendo analisado para verificar sua classificação como tesouro. De acordo com a legislação inglesa, se o objeto for considerado de importância histórica, arqueológica ou cultural, ele pode ser adquirido por um museu, com uma recompensa para Turner. Se não, a peça será devolvida a ele.

    Caso receba o broche de volta, Turner tem planos de doá-lo para um museu ou entregá-lo aos donos do terreno onde foi encontrado, já que ele havia encontrado outros objetos em suas propriedades anteriormente. “Eles me deixaram ficar com as moedas e os anéis, então seria legal devolver algo a eles.”

    Conclusão

    O que começou como um simples passeio com um detector de metais se transformou em uma extraordinária ligação com o passado. Martin Turner não apenas encontrou um objeto valioso, mas também trouxe à tona a rica história que ainda se esconde sob a superfície da Grã-Bretanha. Essa experiência ressalta a importância de preservar e entender o nosso patrimônio histórico, além de inspirar outros a explorarem e valorizarem o passado.

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