Resumo: Pesquisa nova mostra que crianças que falam inglês aprimoram suas habilidades de uso de letras maiúsculas mesmo após os anos iniciais. Nos estudos realizados, alunos da 3ª à 6ª série cometeram mais erros do que jovens mais velhos e dependiam mais de dois “sinais” — como um substantivo próprio no começo de uma frase — para usar maiúsculas corretamente.

    Adolescentes e adultos demonstraram melhor domínio, mas ainda cometiam algumas capitalizações desnecessárias. Os resultados indicam que rever as regras de capitalização e focar na compreensão das sentenças pode melhorar a precisão da escrita até a adolescência.

    Principais Fatos:

    • Domínio Gradual: Crianças continuam desenvolvendo suas habilidades de capitalização além da 2ª série, aprendendo com leitura e exposição.
    • Vantagem de Dois Sinais: Alunos capitalizam com mais precisão quando têm informações que sinalizam a capitalização, como a posição na frase e o tipo de palavra.
    • Implicações Práticas: Professores devem revisar as regras de capitalização anualmente, enfatizando o significado e a estrutura das frases.

    Mais de um terço da população mundial usa um sistema de escrita com letras maiúsculas e minúsculas. Nesse sistema, a capitalização é a utilização de uma letra maiúscula para a primeira letra de uma palavra.

    Aprender a usar letras maiúsculas em inglês exige que a pessoa identifique dois sinais: o tipo da palavra (usar maiúscula se for um substantivo próprio, como um nome específico) e a posição na frase (usar maiúscula se estiver no começo da frase).

    As regras de capitalização em inglês parecem simples, e por isso são ensinadas cedo, não sendo revisadas em anos posteriores. Porém, pouco se sabe sobre como as crianças que falam inglês entendem essas regras, como suas habilidades evoluem com a idade ou como os adultos mantêm suas capacidades.

    Duas pesquisas da Universidade da Tasmânia, na Austrália, tentaram entender como as habilidades de capitalização mudam com a idade e se certos padrões de escrita influenciam o uso correto de letras maiúsculas.

    Os pesquisadores analisaram se as pessoas são mais propensas a usar letras maiúsculas quando recebem dois “sinais” (como substantivos próprios no início de uma frase) do que com apenas um sinal (como substantivos próprios no meio da frase) e menos propensas a capitalizar palavras sem quaisquer sinais.

    Na Austrália, onde a pesquisa foi realizada, as crianças aprendem a usar maiúsculas para substantivos próprios na 2ª série, depois de aprenderem anteriormente que nomes pessoais e palavras no início de frases devem ser capitalizados.

    Os participantes foram 236 alunos de inglês da região sudeste da Austrália, em diferentes séries: 3ª a 6ª, 7ª a 12ª e nível pós-secundário. A maioria era do sexo feminino e 95% eram brancos. Eles receberam frases escritas com algumas palavras faltando: uma palavra de cada vez ou várias palavras faltando.

    Os pesquisadores leram as frases em voz alta, e os participantes preencheram as palavras que ouviram. Por exemplo, ouviram a frase “Tom gosta de jogar tênis” e preencheram as palavras “Tom” e “tênis” ou “Tom gosta” e “jogar tênis”.

    As respostas mostraram que adolescentes e adultos eram, em sua maioria, bons em usar letras maiúsculas, mesmo com apenas um sinal de capitalização. Contudo, ainda cometiam erros, capitalizando palavras desnecessariamente (como “Tênis” no meio da frase).

    Alunos da 3ª à 6ª série cometeram mais erros de capitalização do que os mais velhos, mas se beneficiaram mais de dois sinais do que de um. Eles tendiam a capitalizar melhor ao focar mais na frase inteira (escrevendo várias palavras) do que em palavras isoladas (escrevendo uma palavra de cada vez).

    Essas descobertas sugerem que exercícios de ortografia que abordem o papel de uma palavra em uma frase são úteis para incentivar crianças a usarem letras maiúsculas. Os professores podem ajudar os alunos a considerarem tanto o significado quanto a posição das palavras, não apenas a ortografia.

    A pesquisa foi publicada em um artigo da área de desenvolvimento infantil e mostra a importância de revisar as regras de capitalização regularmente. As regras são consistentes: todo substantivo próprio e a primeira palavra de cada frase devem ser capitalizados. No entanto, isso exige que os alunos saibam o que é um substantivo próprio e entendam a estrutura da frase.

    A simplicidade das regras pode nos fazer subestimar a dificuldade que jovens enfrentam para aplicá-las de forma consistente. O estudo revela que eles aplicam as regras melhor quando são incentivados a pensar sobre a estrutura da frase e não apenas nas palavras isoladas.

    Uma boa forma de ajudar alunos a lembrar sobre as pistas de capitalização é fazer lembretes breves, mas intencionais, a cada ano letivo. Administradores escolares podem incluir revisões das regras nas disciplinas da 3ª à 6ª série.

    Pais e cuidadores podem apoiar o desenvolvimento das crianças apontando as dicas sobre o início das frases e nomes próprios nas atividades diárias. Por exemplo, durante a leitura de um livro juntos, podem chamar a atenção para o início de cada frase.

    Da mesma forma, podem perguntar por que o nome de uma cidade ou rua precisa ser escrito com letra maiúscula ao passar por um sinal de trânsito. Assim, pais ajudam as crianças a se familiarizarem e se sentirem confiantes ao identificar esses sinais.

    Os pesquisadores destacaram algumas limitações. Eles deram aos participantes apenas 40 palavras para escrever, para que os alunos mais novos não perdessem o foco. Apesar de cuidadosamente escolhidas, esse número pequeno requer cautela ao generalizar os achados sobre o uso mais amplo de capitalização.

    Além disso, não se pode afirmar quão bem os resultados se aplicariam à escrita natural, onde as crianças escolhem as palavras. Elas poderiam se sair melhor, pois estariam escrevendo palavras que conhecem, ou pior, por precisar decidir o que realmente querem escrever.

    A maioria dos substantivos próprios não existe como substantivo comum, e por isso devem sempre ser capitalizados. Isso significa que os alunos podem escrever um substantivo próprio como “Austrália” simplesmente porque sempre viram escrito com letra maiúscula.

    Futuras pesquisas devem estudar como as pessoas escrevem palavras que podem existir em ambas as formas (por exemplo, “Margarida”, o nome, e “margarida”, a flor) para testar melhor sua habilidade em usar as regras de capitalização.

    Os pesquisadores estão trabalhando em um estudo de intervenção sobre capitalização com alunos da 3ª a 6ª série para verificar se eles podem se beneficiar de lembretes sobre as dicas de capitalização. Essa pesquisa ampliará o entendimento sobre como as crianças compreendem essas regras, auxiliando os professores sobre a necessidade de ensinar mais sobre capitalização.

    Principais Perguntas Respondidas:

    • Por que alunos ainda têm dificuldades com capitalização após aprender as regras desde cedo? A pesquisa mostrou que os alunos mais jovens aplicam as dicas de capitalização gradualmente, dependendo mais da exposição contextual da leitura do que da memorização das regras.

    • Quais estratégias podem melhorar a precisão na capitalização? Incentivar os alunos a refletirem sobre a estrutura da frase e seu significado, em vez de apenas palavras isoladas, ajuda a reforçar o uso de maiúsculas.

    • O que surpreendeu mais os pesquisadores nas descobertas? Apesar da simplicidade das regras de capitalização, os alunos aprendem a usá-las lentamente, evidenciando que o crescimento literário continua após a educação inicial.

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