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Fisioterapeuta • CREFITO 3/71.855-F
A dislipidemia é uma condição que se caracteriza por ter gordura em níveis alterados no sangue, especialmente no caso do colesterol e dos triglicerídeos. Esses lipídios são importantes, pois fazem parte das células, ajudam a produzir hormônios e ajudam na digestão.
De acordo com diretrizes de saúde, o problema aparece quando os níveis de LDL (colesterol ruim) estão altos ou quando o HDL (colesterol bom) está baixo. Isso causa acúmulo de gordura nas artérias.
A dislipidemia é muitas vezes assintomática, mas possui ligação direta com doenças cardíacas graves, como infarto e AVC (derrames).
Os efeitos da dislipidemia no coração
Quando o LDL está elevado, ele se deposita nas paredes das artérias e cria placas de gordura. Isso dificulta a passagem do sangue. Com o tempo, essas placas endurecem as artérias, um processo conhecido como aterosclerose.
Esse processo reduz o fluxo de oxigênio para o coração e o cérebro, aumentando riscos de:
- infarto do miocárdio (bloqueio das artérias do coração);
- acidente vascular cerebral (AVC);
- insuficiência arterial periférica, que provoca dor nas pernas e dificulta a caminhada.
No Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morte. A hipertensão e o colesterol alto são estes fatores de risco bem conhecidos.
Causas e fatores de risco
A dislipidemia pode ser genética, passando de pais para filhos, ou ser provocada por hábitos de vida. Alguns dos principais fatores de risco incluem:
- alimentação rica em gorduras saturadas e ultraprocessados;
- sedentarismo;
- tabagismo;
- diabetes, obesidade e hipertensão descontroladas;
- uso excessivo de álcool.
Vale ressaltar que mesmo quem está no peso certo pode ter colesterol alto, especialmente se tiver uma tendência genética.
Diagnóstico e tratamento
A dislipidemia é diagnosticada por meio de exames de sangue. Esses exames medem o perfil lipídico, mostrando os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Como geralmente não aparecem sintomas, o exame de rotina é a melhor maneira de detectar a doença cedo.
O tratamento envolve:
- mudanças no estilo de vida, como ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente;
- controle de outras doenças associadas, como diabetes e hipertensão;
- uso de medicamentos, quando indicado por um(a) profissional de saúde.
Tais medidas visam reduzir o colesterol ruim, aumentar o bom e diminui o risco de complicações cardíacas.
Em resumo
A dislipidemia é uma condição comum e silenciosa, mas também é tratável. Com acompanhamento médico, hábitos saudáveis e exames regulares, dá para manter o colesterol em ordem e proteger o coração ao longo da vida.
O apoio de um profissional é fundamental para esclarecer dúvidas e orientar cada um de forma individualizada. Se tiver dúvidas, não hesite em procurar um especialista para uma avaliação completa e personalizada.

