Dores no Joelho: O que Você Precisa Saber sobre Cirurgia

    Se você sente dores no joelho, saiba que não está sozinho. Esse problema é bastante comum e afeta cerca de 51,2% da população. Embora possa acontecer em qualquer fase da vida, é mais frequente entre mulheres e pessoas idosas. As dores podem surgir por vários motivos: lesões, torções, traumas, inflamações, excesso de peso, problemas na coluna e doenças do sistema nervoso. Existem diversos tratamentos disponíveis, incluindo a cirurgia. Mas você sabe como se preparar para esse procedimento?

    Passar por uma cirurgia pode gerar medo e insegurança. Portanto, é essencial buscar informações sobre o que esperar, os riscos e os cuidados depois da operação. De acordo com Pedro Badim, um especialista em cirurgia de joelho, o sucesso da cirurgia não depende apenas da técnica usada. Ele explica que a decisão de operar deve ser feita após uma avaliação cuidadosa feita por um ortopedista. Essa análise leva em conta a lesão, o perfil do paciente e os objetivos da recuperação.

    O estado de saúde geral do paciente impacta diretamente nos resultados da cirurgia. Situações como obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e tabagismo podem aumentar o risco de complicações. Essas complicações incluem infecções, cicatrização inadequada, falha de enxertos e problemas com a anestesia. Portanto, controlar essas condições antes do procedimento é muito importante. Além disso, se houver lesões não tratadas ou se o paciente praticar atividades físicas de alto impacto em excesso, o resultado da cirurgia pode não ser o esperado, levando à necessidade de um novo procedimento.

    Tipos de Cirurgias para o Joelho

    Pedro Badim menciona que existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas para tratar problemas no joelho. Uma delas é a artroscopia, uma cirurgia minimamente invasiva. Ela serve para tratar lesões de menisco, remover corpos livres que possam estar causando dor, reparar pequenas lesões de cartilagem e realizar reconstruções ligamentares.

    No caso de ruptura do ligamento cruzado anterior, a reconstrução é necessária para devolver a estabilidade ao joelho. Já as reconstruções dos ligamentos colaterais ou do canto posterolateral são indicadas para instabilidades mais complexas. Mais um tipo é a osteotomia tibial ou femoral, recomendada para pacientes mais jovens que apresentam artrose localizada e desalinhamento do joelho. Além disso, as próteses são usadas quando a artrose está avançada e a dor é intensa, podendo ser totais ou parciais, dependendo da gravidade de cada situação.

    Recuperação após a Cirurgia

    O tempo de recuperação varia conforme a idade do paciente. Geralmente, pessoas mais jovens têm uma recuperação mais rápida e maior chance de voltarem às atividades esportivas. Em contraste, pacientes mais velhos podem levar mais tempo para se recuperar, e o risco de complicações é maior, especialmente em cirurgias de reconstrução ligamentar. Entretanto, em relação a próteses, a idade por si só não impede a cirurgia. O que realmente conta é o nível de desgaste e a funcionalidade do joelho.

    Uma forma de acelerar a recuperação é por meio da preparação pré-operatória, ou “pre-hab”. Essa preparação inclui exercícios que ajudam a melhorar a força e a mobilidade do joelho antes da cirurgia. Durante o período de recuperação, é crucial ficar atento a alguns sinais. Caso sinta dor intensa e contínua, inchaço com vermelhidão, rigidez que não melhora com a fisioterapia, ou sensação de instabilidade ao caminhar, isso deve ser comunicado imediatamente ao médico.

    Acompanhar o médico de perto é fundamental para detectar complicações cedo, ajustar o plano de fisioterapia e monitorar a integridade de próteses ou enxertos. Além disso, isso traz mais segurança e motivação ao paciente durante todo o processo de recuperação.

    Se você ainda tem dúvidas ou gostaria de saber mais sobre o assunto, não hesite em marcar uma consulta. O tratamento adequado pode fazer toda a diferença na sua recuperação e na melhora da qualidade de vida.

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