Riscos do uso de esmaltes em gel são destacados por especialista
A restrição recente do uso de esmaltes em gel reacende a discussão sobre os possíveis riscos associados a esse tipo de produto. A dermatologista Paula Sian esclarece os perigos, que vão desde problemas de saúde interna até danos visíveis nas unhas e na pele.
Pesquisas na Europa e nos Estados Unidos revelaram que alguns esmaltes em gel contêm substâncias químicas potencialmente tóxicas, como TMPT e TPO. Estudos indicam que essas químicas estão ligadas a alterações no fígado e podem aumentar o risco de câncer no órgão em testes realizados com animais. Diante deste cenário, é importante ter cautela ao usar esses produtos de beleza.
Além das substâncias que compõem os esmaltes, o método de aplicação também levanta preocupações. A dermatologista Paula Sian explica que, para aplicar o esmalte em gel, é necessário desgastar a superfície da unha, processo que pode enfraquecer as unhas e torná-las mais suscetíveis a quebras e descamações.
Outro fator de risco está na técnica de secagem. O esmalte é curado através de radiação ultravioleta (UV), similar à usada em câmaras de bronzeamento artificial. Essa exposição à radiação UV nas mãos pode aumentar o risco de câncer de pele e causar manchas e envelhecimento precoce da pele.
A médica ainda alerta para os perigos físicos relacionados ao uso de alongamentos de unhas em gel. Esses procedimentos podem causar traumas, incluindo a perda da unha e danos permanentes à matriz ungueal, fundamental para a saúde das unhas.
Embora muitos considerem a durabilidade do esmalte em gel um benefício, a dermatologista enfatiza que a estética e a praticidade não devem ser priorizadas em relação à saúde. É essencial que os consumidores estejam cientes dos riscos reais envolvidos no uso de esmaltes em gel e considerem esses fatores antes de usá-los.
