Descoberta de Estátua em Metropolis Revela Detalhes sobre a Deusa Héstia
Recentemente, arqueólogos na Turquia desenterraram a cabeça de uma estátua de mármore que data de pelo menos 2.000 anos. Essa descoberta foi feita nas ruínas antigas de Metropolis, perto de İzmir. O local, conhecido como a “Cidade da Mãe deusa”, é objeto de escavações desde 1989.
História das Ruínas de Metropolis
A área onde Metropolis está situada tem uma história rica, com assentamentos que remontam ao período neolítico. No entanto, o auge da cidade ocorreu durante o período grego, há mais de 2.000 anos, quando a cultura e a arte floresceram. Essa nova descoberta pode aprofundar o entendimento dos arqueólogos sobre a região e mudar a percepção acerca da habilidade artesanal local.
Características e Importância da Estátua
A cabeça esculpida provavelmente representa a deusa grega Héstia. Durante as escavações, a equipe encontrou a estátua em um edifício comercial, o que ajuda a situá-la dentro da estrutura social da cidade na época. Os detalhes minuciosos da escultura, como o penteado, são indicativos do período helenístico. Além disso, a técnica utilizada mostra que a cabeça foi feita com duas peças articuladas, um sinal do alto nível de habilidade dos escultores da época.
O período helenístico se estende da morte de Alexandre Magno em 323 a.C. até a morte de Cleópatra em 30 a.C. É uma fase marcada pela expansão cultural e artística na Grécia e nas áreas vizinhas.
Descobertas Sobre Héstia
Héstia, filha de Cronos e Réia, é considerada uma das divindades mais singulares do panteão olímpico. Embora não seja frequentemente mencionada em mitos populares, tinha um papel vital como deusa da lareira e do lar, simbolizando a família e a estabilidade social.
A equipe de arqueólogos notou que a escultura tinha uma cavidade na área dos olhos, onde costumavam ser inseridas pedras coloridas para imitar a íris, criando um efeito mais vívido. Isso era uma prática comum nas esculturas da Grécia antiga.
A Possível Relação entre a Cabeça e o Torso da Estátua
Arqueólogos acreditam que já pode ter sido identificado o torso que pertence a essa cabeça. Em escavações anteriores, foi encontrado um torso de Héstia no Bouleuterion, um edifício que funcionava como casa de assembléia. As dimensões desse torso coincidem com a cabeça recém-descoberta, sugerindo que juntos poderiam formar uma grande estátua de Héstia.
Se confirmada a conexão entre os dois, essa descoberta poderia oferecer insights valiosos sobre a interseção da arquitetura religiosa e civil em Metropolis durante o período helenístico.
O Futuro das Escavações em Metropolis
As pesquisas na área continuam como parte do projeto “Patrimônio para o Futuro” da Turquia. Desde teatros até edifícios administrativos e complexos de banhos, Metropolis tem revelado muitas facetas de seu passado histórico.
Os arqueólogos estão otimistas em relação a novas descobertas e à compreensão que elas podem trazer sobre essa importante fase da história. À medida que avançam os estudos sobre a estátua e seu significado, a expectativa é que esta se torne uma descoberta especialmente significativa na arqueologia helenística.
Reflexões Finais
A descoberta dessa cabeça de estátua adiciona uma camada interessante ao nosso entendimento sobre as práticas artísticas e religiosas da antiga Metropolis. As próximas etapas das escavações poderão revelar ainda mais sobre a vida cultural e espiritual da cidade, contribuindo para o nosso conhecimento sobre a história antiga.
Arqueólogos continuam a trabalhar em várias frentes, esperançosos de que novas buscas possam trazer à luz artefatos e informações que enriquecerão nosso entendimento sobre a civilização helenística e a adoração das divindades que moldaram o mundo da época.
