Na última sexta-feira, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram uma série de ataques na Síria, atingindo mais de 70 alvos relacionados ao Estado Islâmico. A ação foi em resposta ao ataque que resultou na morte de militares e um intérprete civil norte-americanos no final de semana passado em Palmyra, uma cidade central da Síria.
As operações aéreas e terrestres dos EUA visam combater o grupo terrorista e têm ocorrido com frequência nos últimos meses, muitas vezes em coordenação com as forças de segurança sírias. O presidente dos EUA, Donald Trump, havia prometido retaliação após o ataque que, segundo ele, foi executado por membros do Estado Islâmico.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os ataques focaram em combatentes do ISIS, assim como em sua infraestrutura e locais de armazenamento de armamentos. Em suas palavras, Hegseth enfatizou que essa ação não representa o início de uma guerra, mas uma “declaração de vingança”.
Trump, por sua vez, comemorou os resultados da operação, afirmando que a resposta foi uma retaliação “muito séria” e destacando a importância de atingir os responsáveis pelo ataque à coalizão. Ele reconheceu a colaboração do governo sírio, que também se comprometeu a combater o Estado Islâmico e garantir que o grupo não tenha abrigo no país.
Os ataques contaram com a participação de caças dos Estados Unidos, incluindo F-15 e A-10, além de helicópteros Apache e sistemas de foguetes HIMARS. A Jordânia também ajudou na operação, com sua Força Aérea focando em alvos no sul da Síria, alinhando suas ações com a coalizão.
Em relação ao ataque que originou a retaliação, um membro das forças de segurança da Síria, supostamente associado ao Estado Islâmico, foi apontado como o responsável pelo incidente em Palmyra, onde dois soldados americanos e um intérprete foram mortos, e três outros soldados ficaram feridos.
Atualmente, cerca de mil soldados dos EUA permanecem na Síria, apoiando operações contra o Estado Islâmico. Desde a guerra civil, que durou mais de uma década e resultou na derrubada do presidente Bashar al-Assad, a Síria passou por mudanças significativas, incluindo a presença de ex-rebeldes e membros de outros grupos que combatem o Estado Islâmico.
