Nesta semana, a Fenajufe realizou um curso intitulado “O papel da comunicação na organização da categoria e as fake news”. O evento aconteceu em parceria com o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e foi conduzido pelo professor Arthur William, que faz parte do corpo docente do NPC, juntamente com as coordenadoras de Comunicação e Imprensa da Federação, Sandra Dias e Márcia Bueno.
O professor Arthur iniciou sua palestra fazendo uma retrospectiva sobre o avanço das tecnologias nos últimos anos e como essas transformações afetaram o mercado de trabalho. Ele destacou desde a transição das máquinas de datilografia para os computadores até a realidade atual da inteligência artificial, que mudou radicalmente a forma como trabalhamos. Segundo ele, essas mudanças tecnológicas têm um impacto direto sobre a classe trabalhadora, que é quem realmente realiza as tarefas.
Arthur ainda abordou a extinção de várias profissões ao longo do tempo e a emergência de novas, como a de engenheiro de prompt, que surge com o aumento do uso da inteligência artificial. Ele enfatizou que, assim como no passado, a participação dos movimentos sociais e sindicais é fundamental na luta por direitos, especialmente em um contexto em que a tecnologia avança rapidamente.
Um dos pontos centrais do evento foi o fato de ainda não haver uma regulamentação para a inteligência artificial no Brasil. Isso gera preocupações, principalmente com a disseminação de fake news e informações tendenciosas, já que essas tecnologias podem reproduzir conteúdos baseados em dados que refletem as ideologias de suas fontes. Arthur chamou atenção para a forma como determinados grupos têm utilizado essas ferramentas para deslegitimar movimentos sociais e sindicais, assim como para atacar a classe trabalhadora.
O professor ressaltou que as informações se espalham rapidamente nas redes sociais, afetando a maneira como as pessoas consomem notícias. Ele alertou sobre o risco de que, ao buscarem informações na internet, os usuários possam se deparar com fake news. Portanto, ele defendeu que, embora as entidades de classe devam estar ativas nas redes sociais, é essencial também que tenham um site institucional onde trabalhadores possam encontrar informações seguras.
Além disso, o papel das entidades de classe vai além da comunicação. Arthur mencionou a importância da defesa da democracia e das conquistas históricas dos trabalhadores. Ele apontou que atualmente circulam na internet conteúdos que desmerecem a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ignorando seu valor como uma das conquistas mais relevantes do povo trabalhador.
Para lidar com esses desafios, o palestrante enfatizou a necessidade de desenvolver estratégias de comunicação mais eficazes e de usar a tecnologia de maneira crítica e consciente, sempre em favor dos trabalhadores.
Para assistir à palestra completa e obter mais informações, acesse Eventos.
