Latin American startups conseguiram levantar mais de $793 milhões nesta semana. O destaque foram as fintechs, energia limpa e pagamentos internacionais, que estão moldando a inovação na região. O Brasil teve grande destaque devido a uma transação mega, enquanto a atividade no México e na Colômbia demonstra a confiança dos investidores em setores tecnológicos emergentes.

    No Brasil, a fintech CloudWalk foi a estrela da semana, arrecadando $780 milhões em um FIDC, uma das maiores operações de dívida estruturada do ecossistema de startups do país. A iniciativa contou com a participação de 87 investidores institucionais, incluindo Itaú BBA, Bradesco BBI, e outros. A InfinitePay, plataforma da CloudWalk, oferece aos comerciantes recursos para pagamentos, contas, terminais de POS, e infraestrutura de cartões.

    Os recursos obtidos serão usados para financiar recebíveis de cartões de crédito para pequenas empresas em todo o Brasil. Esta estratégia é fundamental para o crescimento da CloudWalk em um mercado de pagamentos muito competitivo. Desde sua fundação em 2013, a fintech já levantou $2,7 bilhões por meio de 11 FIDCs, evidenciando a confiança dos investidores e a crescente importância de estruturas de financiamento alternativas no setor.

    No México, a startup de energia solar Solfium fechou $7 milhões de sua rodada de $10 milhões em Série A, com o apoio de Accion, ALIVE Ventures e Kamay Ventures. A Solfium ajuda empresas a descarbonizar suas cadeias de suprimentos, facilitando a adoção de energia solar com financiamento, instalação e suporte a longo prazo por meio de uma plataforma digital. Com parcerias como a da Coca-Cola, a empresa já auxilia milhares de pequenas e médias empresas a adotarem soluções de energia limpa. O novo capital permitirá que a Solfium amplie sua atuação em todo o país e melhore o acesso a soluções solares.

    Além disso, outra empresa brasileira, Lumx, focada em pagamentos por meio de blockchain, levantou $3,4 milhões em uma rodada liderada pela Indicator Capital e CMT Digital. A Lumx inicialmente era uma plataforma de tokenização, mas mudou o foco para transfers internacionais com base em stablecoins, usando USDC para que bancos e empresas possam movimentar dinheiro de forma mais rápida e econômica. A fintech já atende mais de 20 clientes corporativos e planeja usar os novos recursos para expandir sua atuação no Brasil, EUA e Europa.

    Na Colômbia, a fintech DRUO anunciou uma rodada de seed liderada por Global PayTech Ventures (GPT), logo após revelar uma parceria com a Kushki para fortalecer sua rede de pagamentos. A DRUO oferece soluções baseadas em API que permitem que empresas enviem e recebam fundos diretamente de contas bancárias, facilitando pagamentos de folha de pagamento, assinaturas e fornecedores. A empresa já conecta mais de 10.000 instituições financeiras e quer expandir para a Europa até 2026, servindo cerca de um milhão de usuários na América Latina e nos EUA.

    Com a arrecadação recorde de fintechs no Brasil, o impulso da energia limpa no México e a infraestrutura de pagamentos em expansão na Colômbia, a semana evidenciou a resiliência da América Latina, mesmo em um clima global de financiamento mais calmo. As startups da região não estão apenas atraindo investimento; elas estão construindo as bases digitais e sustentáveis para o próximo crescimento em fintechs, energia e comércio internacional.

    Enquanto isso, as novas iniciativas refletem a evolução do cenário tecnológico, mostrando que a América Latina está se tornando um importante ponto de inovação. O aumento do número de financiamentos demonstra que, mesmo diante das dificuldades, as empresas estão buscando soluções criativas para se destacar no mercado. Assim, o ecossistema se fortalece e começa a ganhar mais visibilidade mundial.

    Esses aspectos têm um papel fundamental na transformação econômica da região, promovendo desenvolvimento e oportunidades para empreendedores. Essa movimentação faz com que a América Latina se posicione como um continente promissor e com um grande potencial a ser explorado. Além disso, as colaborações entre empresas e instituições financeiras favorecem a criação de um ambiente mais dinâmico e acessível para negócios.

    Em resumo, o que se observa é um cenário vibrante, onde as fintechs e as iniciativas de energia limpa estão em alta, refletindo um futuro promissor para o setor empresarial. A conexão entre essas inovações e a capacidade de adaptação dos empreendedores coloca a América Latina em uma boa posição para atrair investimentos e fomentar o crescimento econômico nas próximas décadas.

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