Em 2026, as sete prefeituras do Grande ABC planejam arrecadar um total de R$ 22 bilhões, dos quais R$ 4,7 bilhões serão destinados à saúde. Isso representa 21,46% do orçamento total, conforme os projetos de Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) que serão discutidos e votados pelos vereadores antes do recesso parlamentar. Comparado ao orçamento de 2025, que foi de R$ 4,3 bilhões, houve um aumento de 8,3%, superando a expectativa de inflação do IPCA de 4,55% para este ano.
Entre as cidades da região, cinco priorizam a saúde no orçamento. Apenas São Bernardo e São Caetano alocam mais recursos para a educação. São Bernardo, em particular, planeja investir cerca de R$ 1,5 bilhão na saúde. Este valor inclui gastos da própria secretaria e recursos de outras áreas, consolidando a cidade como a maior investidora em saúde na região.
A cidade conta com uma ampla rede de atendimento, composta por 34 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e cinco hospitais. Neste ano, ações como a Caravana da Saúde foram implementadas pelo prefeito Marcelo Lima (Podemos) para agilizar exames, consultas e cirurgias eletivas. Além disso, o Hospital de Urgência começou a atender ao público em 1º de janeiro.
Marcelo Lima também apresentou metas para o futuro, como o Cartão Saúde SBC, com o objetivo de reduzir a espera para procedimentos, e a criação de um Hospital Infantil Municipal. O prefeito planeja ampliar o horário de funcionamento das UBSs em áreas que mais necessitam de atendimento.
Em Santo André, o prefeito Gilvan Ferreira (PSDB) terá um orçamento de R$ 1,1 bilhão para a saúde, com o foco na conclusão das obras do Hospital da Vila Luzita, que demandam um investimento de R$ 27 milhões. Em São Caetano, o prefeito Tite Campanella (PL) destinará R$ 551,2 milhões, com planos para um novo hospital oftalmológico e a ampliação do Complexo Hospitalar de Clínicas.
O prefeito Taka Yamauchi (MDB) terá a tarefa de iniciar as obras do novo Hospital Municipal em sua cidade, que enfrenta limitações estruturais, com um orçamento de R$ 795,9 milhões. Mauá, sob a gestão de Marcelo Oliveira (PT), prevê R$ 536,4 milhões, e planeja reformar as quatro UPAs existentes e construir uma nova unidade no Jardim Santa Lídia, além de começar a construção de uma Policlínica na Vila Assis.
Na cidade de Ribeirão Pires, o prefeito Guto Volpí (PL) terá R$ 179,4 milhões disponíveis para investir na saúde, enquanto Rio Grande da Serra, governada por Akira Auriani (PSB), planeja R$ 39,6 milhões para manter e melhorar o atendimento na área de saúde pública.
A definição dos orçamentos e os detalhes das propostas de cada prefeitura serão fundamentais para a melhoria do atendimento à saúde na região nos próximos anos.
