A ampliação da gratuidade no transporte público de Belo Horizonte ainda não é financeiramente viável, segundo o prefeito Álvaro Damião. Ele ressalta que, para implementar esse benefício em todos os dias da semana, seria necessário um apoio financeiro do governo federal, uma vez que os custos superariam R$ 2 bilhões.

    Atualmente, a cidade oferece a gratuidade nos ônibus aos domingos e feriados, um programa chamado “Catraca Livre”, que foi criado em parceria com a Câmara Municipal, que devolveu R$ 70 milhões para a gestão. Damião diferenciou esse programa da proposta “Tarifa Zero”, que visa transporte gratuito todos os dias, afirmando que sem ajuda federal, não é possível oferecer essa alternativa.

    Durante uma entrevista, o prefeito fez um balanço de seu primeiro ano à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, destacando que a continuidade do subsídio é crucial para manter a tarifa acessível. Ele mencionou que, caso a prefeitura não suporte esse custo, as passagens poderiam aumentar significativamente, passando dos atuais R$ 10,00 para cerca de R$ 11,00.

    Além disso, Damião explicou que a experiência e os hábitos dos usuários de transporte coletivo mudaram, principalmente devido ao surgimento de aplicativos de transporte que oferecem mais comodidade e flexibilidade. O crescimento desses serviços gerou desafios e a necessidade de melhorar o transporte público.

    O prefeito também destacou os avanços na qualidade do serviço de transporte coletivo, informando que está cobrando com rigor as empresas responsáveis pela operação dos ônibus. Ele mencionou ações de fiscalização, como o programa “Tolerância Zero”, que visa garantir cumprimento de horários e a qualidade dos veículos.

    Sobre as melhorias na infraestrutura da cidade, Damião mencionou as obras no Anel Rodoviário. Ele afirmou que as verbas para a ampliação dos viadutos já foram asseguradas após uma visita ao Banco dos BRICS na China, onde conseguiu R$ 1 bilhão para esses projetos. Embora reconheça que as obras são complexas e custosas, ele acredita que os trabalhos poderão começar no próximo ano.

    A expectativa é de que essas mudanças e investimentos contribuam para um transporte público mais eficiente e acessível, enfrentando os desafios do dia a dia na mobilidade urbana.

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