Desafios do Treinador de Futebol
Ser técnico de futebol não é uma tarefa fácil. Antigamente, procurava-se alguém experiente, um ídolo, aqueles que tinham um amplo repertório de estratégias. Eles eram como os antigos vendedores que ofereciam de tudo: cobertores, toalhas e até remédios caseiros. Além disso, eram vistos como figuras paternas, capazes de orientar os jogadores e protegê-los, especialmente em momentos de crise após as festas.
Os técnicos da velha guarda costumavam ter estabilidade no cargo, mas isso mudou. Hoje em dia, a função exige muito mais. O treinador moderno precisa ter formação, habilidades de psicólogo para lidar com egos, e uma mente estratégica, sempre preparado para resolver crises em tempo real. As relações com a imprensa são delicadas e é preciso saber manobrar as perguntas e exigências. Além disso, o técnico deve ser um defensor do time, enfrentar as arbitragens e ainda entender bem as regras do jogo.
É um papel multifacetado. Um técnico de futebol é um gestor, que precisa equilibrar os interesses do clube e do time. Deve ser um visionário e entender bem os adversários, independentemente de quem eles sejam. Para isso, lidera uma Comissão Técnica composta por diversos profissionais, todos trabalhando em conjunto para o êxito do time.
A Questão da Bola Parada
Recentemente, refleti sobre o papel do treinador responsável pelas bolas paradas. No início, não me parecia importante; parecia apenas mais um título. Porém, quanto mais pensava sobre isso, mais percebia que até jogadas simples podem ter um impacto significativo no jogo.
Um exemplo claro foi a partida entre a Seleção Brasileira e a Seleção do Japão. O Brasil levou três gols, e a fraqueza do time foi evidente. Quem ficou mais surpreso? Acredito que tanto nós, que perdemos o sono pela manhã, quanto os japoneses, que entraram em campo preparados para um empate, mas acabaram vendo o Brasil não reagir.
Estamos a poucos meses da Copa do Mundo e vacilos como esses podem ser fatais em jogos decisivos. Os adversários estão bem treinados há anos, e qualquer descuido pode custar caro. Perder faz parte do esporte, mas uma derrota amistosa como essa indica que há muito a ser corrigido.
Onde está a inteligência emocional da equipe? Onde estão os anos de experiência adquiridos na Europa? As jogadas rápidas e inteligentes se tornaram escassas. Era para que cada jogador, após um golpe, tivesse a vontade de correr atrás da bola e resolver a situação.
A Resiliência Necessária
Sem exagero, uma criança de cinco anos talvez conseguisse agir com mais garra do que alguns jogadores. Lembrando dos jogadores do passado, houve uma época em que lutávamos e enfrentávamos desafios, procurando soluções em cada situação e nunca desistindo. Vínhamos de um tempo em que enfrentávamos adversários com respeito, mas também com garra, nunca permitindo que baixássemos a cabeça.
Ninguém melhor do que nós mesmos para reconhecermos nosso valor. Sabemos o quanto é difícil estar no topo, o quanto lutamos em treinos, o quanto batalhamos contra a concorrência interna nos clubes. Devemos enfrentar críticas e detratores, incluindo a família, e sorrir mesmo diante das lesões.
Na verdade, muitas situações nos lembram de que o caminho do futebol é repleto de desafios e altos e baixos. Para um treinador, é preciso ter uma visão clara e não se deixar abalar pelas dificuldades. Antigamente, muitos juízes (árbitros) lidavam com rivalidades intensas e decisões complicadas, mas tinham conhecimento das regras e aplicavam-nas com firmeza.
Esses juízes não tinham VAR para auxiliá-los. As decisões eram tomadas rapidamente e muitas vezes geravam discussões acaloradas. A arbitragem sempre foi um tema controverso, e até hoje, é importante refletir sobre como melhorar as condições do jogo.
A Lição dos Antigos
Recentemente, escutei um comentário que me fez pensar sobre a arbitragem, com um especialista mencionando Dulcidio Wanderley Boschilia como um grande nome no assunto. Isso revela a importância de aprender com o passado e aplicar conhecimentos antigos às novas realidades do futebol.
O Chamado à Ação
Portanto, é fundamental que o Brasil desperte para sua verdadeira essência. Mostremos ao mundo nossa garra, criatividade e alegria em campo. Precisamos levar de volta os dribles, os gols que nos fazem vibrar e tudo o que torna o futebol brasileiro tão especial.
O potencial brasileiro é enorme, e estamos prontos para deixar uma marca. Essa é a essência do nosso espírito. Vamos mostrar que podemos superar desafios, que temos a força necessária para triunfar. Nós somos Brasileiros, e a vitória é apenas uma questão de tempo e esforço.