A gestora de ativos imobiliários HSI, que administra aproximadamente R$ 13 bilhões, anunciou suas prioridades de investimento para o final de 2025 e todo o ano de 2026. Os setores de logística e saúde estão no centro dessa estratégia, cada um recebendo um investimento de cerca de R$ 1 bilhão nos próximos meses, conforme informado por Max Lima, um dos sócios fundadores da empresa. Esse capital será proveniente dos fundos já disponíveis, que foram captados anteriormente.
No segmento de logística, a HSI está focada em adquirir galpões situados em um raio de até 30 quilômetros dos centros urbanos. Essa escolha visa atender à demanda por entregas rápidas, uma vez que o comércio eletrônico continua a crescer. Lima destacou que grandes varejistas, como Mercado Livre, Amazon e Magazine Luiza, estão ampliando sua presença no país e buscando novos espaços para suas operações. Além disso, marcas asiáticas que estão ingressando no mercado brasileiro, como Shein, Shopee e Temu, também estão se expandindo rapidamente. Como resultado dessa oferta crescente, os preços de locação dos imóveis no setor têm mostrado aumento.
Em relação ao setor de saúde, a HSI prevê um aumento na demanda por serviços médicos nos próximos anos, impulsionada pelo envelhecimento da população. De acordo com Lima, as pessoas tendem a priorizar gastos com saúde, mesmo em detrimento de outras despesas. Assim, a estratégia da HSI inclui a compra de prédios que abrigam hospitais, enquanto a operação dos serviços é realizada por empresas especializadas. O Hospital Vera Cruz, localizado em Campinas (SP), foi uma das aquisições realizadas no ano anterior. Atualmente, a gestora está em negociações para adicionar mais dois ou três empreendimentos a seu portfólio.
Além de logística e saúde, a HSI continua interessada em outras áreas, como escritórios, shoppings e hotéis, buscando oportunidades de compras a preços inferiores ao mercado. Lima compartilha a visão de que lucros no setor imobiliário são mais facilmente alcançados na fase de compra do que na venda, já que o futuro dos preços de imóveis é incerto.
A gestora também está analisando a possibilidade de entrar no mercado de residenciais, através de parcerias com incorporadoras. Embora o interesse esteja voltado para o segmento de alto padrão, onde não há limites de preços, os altos custos dos terrenos são uma preocupação. Por outro lado, a HSI avalia o mercado do programa Minha Casa Minha Vida, embora o considere aquecido e com elevada concorrência.
Lima acredita que a taxa Selic irá cair no próximo ano, o que pode ser benéfico para o cenário de compra e venda de imóveis. No entanto, ele alerta que um corte significativo nos juros poderia causar problemas econômicos, especialmente se não houver controle sobre os gastos públicos. O sócio fundador da HSI se mostrou cauteloso sobre uma possível queda, mencionando que até mesmo uma redução de 15% para 12% seria alarmante se as finanças públicas não forem bem geridas.
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